Comprar ou vender?

Vivara (VIVA3): BTG vê ‘rara combinação’ e calcula potencial de alta de 35%; é hora de comprar?

27 set 2024, 15:35 - atualizado em 27 set 2024, 15:35
Vivara
BTG Pactual sobe preço-alvo da Vivara e mantém recomendação de compra para a varejista (Imagem: Facebook/Vivara)

O BTG Pactual introduziu um novo preço-alvo para Vivara (VIVA3), de R$ 35 para R$ 36 ao final de 2025, o que implica em um potencial de valorização de 35%, considerando o preço de fechamento da última quinta-feira (26). O banco manteve a recomendação de compra.

O analista Luiz Guanais e equipe comentam que a história da companhia passou por uma reviravolta nos últimos meses, desde que seu fundador e maior acionista, Nelson Kaufman, foi aprovado como CEO, em março deste ano.

Com a aprovação, a tese que era consensual entre os investidores locais passou a enfrentar resistência, com questionamentos sobre a governança da empresa e especulações sobre mudanças na estratégia.

No entanto, poucos dias depois, a Vivara recuou, e anunciou que Otavio Lyra, CFO desde o IPO, assumiria o cargo, enquanto Kaufman foi designado para a presidência do conselho. Uma série de outras mudanças na equipe executiva foi anunciada, corroborando com as preocupações sobre a continuidade da estratégia e do plano de sucessão da empresa.

“Embora não possamos ignorar os riscos que pressionam a tese devido a essas mudanças, após dois trimestres de números abaixo do esperado, o segundo trimestre mostrou sinais melhores, com crescimento decente da receita e melhoria da lucratividade (superando nossas estimativas), e esperamos um segundo semestre mais forte para a empresa”.

A rara combinação da Vivara

Para o BTG, a Vivara reúne uma rara combinação de crescimento de vendas e retornos consistentes, se consolidando desde o IPO como a maior varejista de joias do Brasil em um mercado fragmentado. Para o banco, ela está bem posicionada para seguir avançando, impulsionada por grandes vantagens de escala e na distribuição em todo o país e um modelo de negócios verticalmente integrado.

Ainda que os analistas reconheçam o risco das recentes mudanças na equipe de gestão da companhia, a perspectiva do curto prazo operacional é avaliada como promissora. O BTG deve monitorar a evolução dos principais indicadores de desempenhos (KPIs) no longo prazo, como a produtividade das lojas, a canibalização entre as bandeiras Life e Vivara e a expansão internacional, bem como a rotatividade da gestão.

Neste cenário, o banco revisou o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Vivara em +3% e o lucro líquido em +5% para os próximos quatro anos, atingindo o novo preço-alvo de R$ 36 para 2025.

“Em suma, com o VIVA3 sendo negociado a 12x P/L para 2025, o valuation atual ainda oferece um potencial de valorização atraente”.

Expectativa para o segundo semestre de 2024

No terceiro trimestre deste ano, o BTG Pactual vê uma tendência de aceleração contínua em relação aos trimestres anteriores, com crescimento da receita bruta de aproximadamente 20% em meio a uma aceleração na marca Vivara.

Embora enfrente um desafio de margem devido ao mix de produtos com maiores vendas de joias e relógios da marca Vivara, a margem bruta deve permanecer estável na base anual, com uma tendência de melhora no quartro trimestre de 2024.

Para os próximos trimestres, com relação ao sortimento de produtos, a empresa pretende aumentar a profundidade do estoque e fortalecer sua posição como uma marca de luxo acessível. Ela também reduziu os descontos e cortou as despesas de marketing nos últimos meses, pontuam os analistas.

“Enquanto isso, há um esforço para ajustar o sortimento da loja com base na região geográfica e melhorar a experiência do cliente. Ao mesmo tempo, Vivara acredita que ainda há oportunidades adicionais para aumentos graduais de preços, desde que a empresa consiga equilibrar os preços atuais do ouro com os custos herdados”.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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