Vivara (VIVA3): Ação é defensiva e valuation está atraente, diz XP ao reforçar recomendação de compra
A XP Investimentos atualizou suas estimativas para Vivara (VIVA3), após os resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24).
“Incorporamos os resultados recentes em nosso modelo, juntamente com premissas macro atualizadas, o que levou a ajustarmos nossas estimativas – Ebitda 2024-25 +3% e -3% e lucro líquido +4% e -1%, respectivamente”, afirmam Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer.
A atualização, segundo os analistas, considera as margens brutas mais baixas no trimestre. Um dos principais fatores de pressão foram os investimentos da companhia na força de trabalho da fábrica.
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“Esperamos que isso continue sendo um obstáculo nos próximos trimestres, embora de forma sequencialmente menor, à medida que a produtividade melhore e as vendas aumentem. Além disso, a dinâmica do mix de produtos também deve ser fundamental para definir o tom da evolução das margens brutas, com investimentos em estoque na Life, principalmente em coleções, previstos para contribuir positivamente”.
Por outro lado, eles citam as economias em marketing, explicadas pelo comparativo – o 3T23 foi o nível mais alto desde 2018 – e pela otimização dos eventos da Vivara, favorecendo investimentos com maior retorno sobre o capital investido (ROIC). “Esperamos que as despesas de marketing fiquem em cerca de 3,5% das vendas em 2025”, dizem.
Por fim, os analistas afirmam que a recente mudança na gestão reacendeu preocupações em torno da governança da companhia, com a falta de um CFO gerando desconforto na maioria dos investidores. “Não esperamos nenhuma mudança estratégica significativa”, afirmam.
Vale a pena comprar Vivara?
A XP mantém a recomendação de compra para Vivara e lista três motivos que apoiam tal decisão:
- é uma ação defensiva, com um modelo de negócios sólido e um cenário competitivo favorável;
- a dinâmica de resultados deve permanecer sólida, com expectativas de forte crescimento e expansão da margem Ebitda no quarto trimestre; e
- o valuation continua em níveis atraentes — de 9,6x P/E 2025.
O preço-alvo indicado pela instituição para a ação ao final de 2025 é de R$ 32 — o que implica uma potencial alta de cerca de 33%, frente ao preço no fechamento de terça-feira (19).