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Viva quer difundir ideia de viagens customizadas

25 jun 2022, 8:05 - atualizado em 25 jun 2022, 9:45
Avião da Viva
“Efeito-Viva”: Passagens em rotas operadas pela Viva costumam cair 35%, em média, diz companhia  (Imagem: Divulgação/ Viva)

A aérea colombiana Viva desembarcou no Brasil com proposta de passagens até 40% mais baratas do que a concorrência. Com rotas como Orlando, Cancún e Punta Cana, a companhia quer espalhar a cultura da aviação de baixo custo (low-cost) no País – em que o passageiro só paga pelo que efetivamente vai usar.

Com seus preços reduzidos, a empresa promete efeito nas tarifas do mercado e projeta chegar a voos diários de São Paulo em cerca de um ano.

“Quando chegamos a uma nova rota, os preços das passagens do mercado caem em média 35%. É o que chamamos de efeito Viva”, disse ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o vice-presidente de operações da companhia, Francisco Lalinde.

A empresa terá inicialmente três voos semanais a partir do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), com uma capacidade total para transportar 188 passageiros por voo em aeronaves modelo A320neo. Em 2017, a companhia fez um pedido de 50 aviões para a Airbus, dos quais 23 foram entregues e já estão em operação.

O prazo para receber todas as unidades é até 2025. “Isso faz da frota da Viva a mais moderna da Colômbia, a segunda na América do Sul e a quarta no mundo”, afirma o executivo.

Segundo ele, manter apenas um modelo na frota reduz custos, uma vez que os treinamentos para pilotos, comissários e técnicos de manutenção são feitos apenas uma vez.

No modelo da Viva, a utilização da aeronave gira em torno de 13 horas por dia, enquanto nas aéreas tradicionais esse uso é de 8 a 9 horas diárias. “Fazemos muito mais voos com o mesmo ativo, isso baixa os custos gerais da companhia.”

Comportamento

De acordo com a Viva, comprar itens com antecedência pode ser até 60% mais barato do que no balcão. Apenas itens de alimentação não podem ser negociados antes. “Vamos estudar o comportamento do consumidor brasileiro para talvez oferecer essa opção”, diz Lalinde.

“O cliente pode customizar sua viagem, de acordo com seus recursos. Queremos trazer a cultura de que o passageiro só precisa pagar pelo que ele vai consumir de fato”, diz Lalinde.

No primeiro ano de operação, a aérea espera transportar 50 mil passageiros no País. Uma parcela importante das vendas deve ser direta, mas as agências de viagens também devem ter um papel importante para fomentar a demanda. O plano é crescer até atingir voos diários partindo de São Paulo ao final do primeiro ano.

História

A Viva foi fundada em 2012 na Colômbia pela Irelandia Aviation, especializada no desenvolvimento de aéreas de baixo custo, como a Ryanair. Em abril deste ano, foi anunciada a união com a Avianca em uma holding chamada Grupo Abra, que no mês seguinte receberia também a aérea brasileira Gol (GOLL4). As duas transações aguardam a aprovação de órgãos reguladores. Por ora, a Viva segue independente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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