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Vitória da Stone ficou mais incerta com movimento de acionistas da Linx, afirma Ágora

13 out 2020, 21:08 - atualizado em 13 out 2020, 21:08
Linx
Parece estar crescendo a possibilidade de as duas ofertas serem discutidas pelos acionistas na próxima reunião, marcada para 17 de novembro, avalia a corretora (Imagem: Linx/Linkedin)

A guerra entre a Stone (STNE) e a Totvs (TOTS3) para levar a Linx (LINX3) permanece aberta, embora a primeira tenha certa vantagem, afirma a Ágora em relatório enviado a clientes nesta terça-feira (13).

Segundo a corretora, a decisão de não analisar a proposta da Totvs foi seguida de reclamações por parte de outros conselheiros independentes, que acusaram uma suposta falta de imparcialidade. Com isso, a proposta da empresa de software voltou a ser considerada.

“Se os conselheiros concluírem que, depois dessa nova análise, a oferta feita pela Totvs é competitiva, esta será levada à avaliação dos acionistas”, afirmaram os analistas Victor Schabbel e Luiza Mussi.

Para eles, parece estar crescendo a possibilidade de as duas ofertas serem discutidas pelos acionistas na próxima reunião, marcada para 17 de novembro.

Na última quinta-feira, a Totvs prorrogou, pela segunda vez, o prazo para a proposta de combinação de negócios com a Linx, mencionando possibilidade “de majoração da proposta, se e quando julgar adequada”.

“Apesar de continuar vendo Stone em melhor posição para vencer a corrida pela Linx, principalmente por causa de sua estrutura financeira mais robusta, notamos que a pressão parece estar aumentando para que melhores condições sejam oferecidas para a empresa. Nesse ponto, o cenário base para a compra da Linx pela Stone ficou um pouco mais incerto”, afirmaram.

Mesmo assim, a visão dos analistas sobre o negócio permanece inalterada.

Em relatório publicado em 09 de outubro, a dupla afirmou que a Stone é a empresa com maiores chances de acertar um acordo com a Linx devido à sua maior capacidade financeira.

A maior preocupação no momento é a distração que o acordo pode criar para a empresa de pagamentos.

“Esperamos que esse processo não tire o fôlego de iniciativas mais importantes, a nosso ver, como a distribuição de crédito”, comentaram Schabbel e Luiza Mussi.

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