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Victor Marques: ESG – Beeva une inovação e responsabilidade socioambiental e busca investidores no varejo

08 dez 2021, 6:30 - atualizado em 09 dez 2021, 20:13
ESG
“Os alimentos orgânicos e saudáveis que já são produzidos pela Beeva totalizam 22 produtos, dentro das linhas de mel”, diz o colunista  (Imagem: Unsplash/Tim Swaan)

Alinhada aos princípios do ESG, a Beeva oferece ao mercado produtos da apicultura – como própolis e linhas de mel de floradas específicas da caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro. A proposta é promover o desenvolvimento sustentável no semiárido brasileiro, a região de menor IDH do país.

O ESG também se destaca nas instalações da foodtech: segundo Jatyr Oliveira, CEO da startup, a sede do empreendimento fica em uma reserva ambiental e todos os materiais e sistemas foram pensados para reduzir o impacto ambiental – do vidro que reveste a fachada ao sistema de reutilização e retorno da água ao lençol freático.

“A gente busca transformar os desafios socioambientais em oportunidades de negócio”, explica Jatyr. Com apenas 1 ano e quatro meses de operação, a   foodtech já opera em mais de 500 pontos de venda – incluindo Carrefour e Pão de Açúcar – e dobrou seu lucro bruto de 2020 para 2021. 

Além das vendas no Brasil, a startup já realizou exportação para a China e conquistou selos de alimentos orgânicos no Brasil, selo Produto Orgânico concedido pelo Ministério da Agricultura, e internacionais: FDA e USDA Organic nos EUA; e o selo de agricultura orgânica da União Europeia.

Próximos passos

Os alimentos orgânicos e saudáveis que já são produzidos pela Beeva totalizam 22 produtos, dentro das linhas de mel e própolis. Porém a foodtech já idealizou e criou a estrutura necessária para escalar a produção e também diversificar o portfólio de produtos.

Tudo começa com o própolis em pó, passando pelo lançamento de novas floradas (novas linhas de mel), própolis encapsulado e culmina no suplemento proteico que mistura pólen, batata doce, macaxeira e açaí. Ainda, já está prevista a expansão para o setor cosmético – utilizando o mel e seus derivados como ativos base de produtos para cuidados de beleza – e bebidas.

Para aliar lucro e propósito, o empreendedor aposta na inovação e na identidade dos produtos. Mesmo nesse modelo artesanal, dados apontam que a caatinga pode produzir 28 vezes mais do que se produz hoje em dia. Por isso, a Beeva está pronta – com capacidade produtiva instalada 60x maior que a utilizada –  para diversificar seu portfólio de produtos.

ESG, alimentação saudável – e orgânica – e desenvolvimento sustentável são temas que atraem cada vez mais os fundos de Venture Capital. É um reflexo natural das tendências de consumo e preocupações dos consumidores: cresce o interesse em saúde e a preocupação com a responsabilidade das empresas que produzem os itens e alimentos para o consumo.

A Beeva já vendeu mais de 245 mil produtos, com GMV de R$ 4 milhões em menos de um ano e meio. Agora, com os próximos passos planejados e grande oportunidade de crescimento, a startup busca investimento através da CapTable, empresa que já intermediou mais de 12 mil investimentos em startups.