Victor Godoy é efetivado como novo ministro da Educação
Victor Godoy é o novo ministro da Educação do país. Ele estava no cargo de forma interina desde a saída de Milton Ribeiro em março. Sua efetivação foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (18).
Antes da saída de Ribeiro, Godoy era secretário-executivo da pasta. Ele é o quinto ministro da Educação durante o governo Bolsonaro.
No último dia 18, o jornal O Estado de São Paulo publicou uma matéria que detalhava o aparelhamento do Ministério da Educação por meio de pastores evangélicos, que comandariam o repasse de verbas.
Três dias depois, em 21 de março, foi a vez da Folha de São Paulo divulgar um áudio em que Milton Ribeiro, ainda ministro, dizia repassar as verbas do FNDE a municípios indicados por esses pastores, atendendo a um pedido do presidente Jair Bolsonaro.
“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, disse o ministro durante uma reunião.
Após a divulgação do áudio, prefeitos começaram a denunciar mais detalhes sobre o caso, dizendo que os tais pastores atendidos com prioridade pelo MEC cobrariam propina dos municípios como forma de liberar as verbas da pasta.
O Estadão publicou no dia 22 de março que entre os pedidos de propina havia depósitos de R$ 15 mil e até de pagamentos em 1 kg de ouro.
A crise foi grande e Ribeiro não teve apoio para continuar no cargo. Se não caiu imediatamente por intervenção dos filhos do presidente, passou a ser alvo, inclusive, de figuras como o deputado federal Marco Feliciano, nome forte entre os evangélicos.
Bolsonaro negou que demitira o ministro, chegando a afirmar que colocaria a “cara no fogo por ele”. Três dias depois, no dia 28 de março, veio a exoneração.