Empresas

Vibra Energia (VBBR3) aprova programa de recompra e ações sobem; BBI estima dividendos de 11,5%

05 jul 2024, 15:49 - atualizado em 06 jul 2024, 10:41
vibra
Vibra Energia aprovou programa de recompra de ações ordinárias (Foto: Vibra/Divulgação)

A Vibra Energia (VBBR3) informou ontem (04) ao mercado a aprovação de programa de recompra de ações ordinárias, limitado ao valor total de R$ 1,2 bilhão em um prazo de até 18 meses. Em reação, as ações sobem no pregão desta sexta-feira (05), avançando 2,89%, a R$ 22,11, por volta das 15h.

Analistas da Ágora Investimentos e Bradesco BBI apontam que o valor total anunciado implica um rendimento de 5%. Para o exercício de 2024, estimam um rendimento de dividendos de 11,5%, incluindo recompras.



O programa passa a valer a partir do dia 10 de julho de 2024 e visa a aquisição de ações ordinárias de emissão da própria companhia para manutenção dos papéis adquiridos em tesouraria, cancelamento ou alienação.

“As ações recompradas e mantidas em tesouraria podem, a critério da administração, ser usadas para cumprir obrigações decorrentes de planos de ações referentes à retenção de executivos, na forma aprovada por Assembleia Geral e pelo Conselho de Administração da companhia”, diz o comunicado.

Segundo a empresa, a decisão de abrir um novo programa se baseia na percepção sobre o potencial de criação de valor.

A Vibra deve utilizar suas reservas de lucro para financiar o programa de recompra. O saldo da conta é de R$ 9,67 bilhões, afirma a companhia.

“A execução desse programa de recompra não afetará a capacidade de pagamento da companhia com relação às obrigações assumidas com seus credores, tampouco o pagamento de dividendos mínimos obrigatórios”, diz a Vibra, ressaltando que possui uma posição de liquidez confortável com um controlado nível de alavancagem, que suportaria a execução do programa.

Movimento da Vibra Energia é positivo?

Na avaliação do Itaú BBA, é bem-vinda a vontade da empresa de redistribuir o capital aos acionistas, que, considerando preço de fechamento de mercado de quinta-feira (04), seria cerca de 5% do valor total do mercado.

“O anúncio confirma a crença de que a administração vê o preço das ações como descontado e, portanto, vê as recompras como a melhor alternativa potencial em termos de alocação de capital no curto prazo”, comenta.

O BTG Pactual pondera que, assumindo uma abordagem direta, em que a recompra anunciada de R$ 1,2 bilhão é realizada uniformemente ao longo de 18 meses, é razoável esperar que a empresa recompre aproximadamente R$ 400 milhões nos próximos 6 meses.

Segundo os analistas, isso, aliado à antecipação de juros sobre capital próprio (JCP) com base nos resultados de 2024 de R$ 521 milhões anunciados no fim de junho, totaliza R$ 920 milhões, ou aproximadamente 3,8% do valor de mercado da empresa.

Para o banco, isso é significativo por dois motivos principais:

  • o JCP antecipado sugere uma alta confiança da administração em fortes níveis de lucratividade até o final do ano;
  • a combinação desse fato com o programa de recompra mostra o estágio mais maduro da empresa. Após os investimentos feitos na Comerc, é provável que a alocação de capital da companhia seja mais conservadora no futuro próximo.

“Negociando a 10x P/L para 2024, assumindo margens Ebtida de R$153/m³ e uma confiança crescente nos retornos de caixa de curto prazo, temos uma recomendação de compra“.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
Linkedin
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.