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Vibra Energia (VBBR3): BTG reitera compra e incorpora aquisição de restante da Comerc nas estimativas; veja

20 set 2024, 16:22 - atualizado em 20 set 2024, 16:22
vibra energia
BTG Pactual reitera recomendação de compra para a Vibra Energia (Foto: Vibra/Divulgação)

O BTG Pactual reiterou a recomendação de compra para a Vibra Energia (VBBR3), com novo preço-alvo de R$ 35, ante R$ 34. A empresa é a preferida do banco no setor de distribuição de combustível.

Após o anúncio de aquisição da participação restante de 50% na Comerc por R$ 3,5 bilhões, os analistas do banco apontam uma relutância entre os investidores em pagar pelo potencial de valorização de longo prazo da Comerc, tendo em vista a preferência por pagamentos de dividendos mais elevados.

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Na avaliação do BTG, a probabilidade de pagamentos excederem a política da Vibra de distribuição de 40% dos lucros diminuiu, ainda que não completamente. Em meio a um custo de capital ainda elevado no Brasil, diz, a troca retornos em caixa de curto prazo por opções de longo prazo em projetos além da experiência histórica da empresa pode parecer questionável.

“Mesmo assumindo que o preço pago pela VBBR esteja significativamente acima do NAV (valor patrimonial líquido) justo da Comerc, o braço de distribuição de combustíveis permanece subvalorizado, suportando a nossa visão positiva”, afirmam.

Vibra Energia se antecipa e compra restante da Comerc

No fim de agosto, a Vibra, que já detinha participação de 50% na Comerc desde 2021, decidiu se antecipar e exercer direito de compra por mais 50% da empresa, que atua no mercado livre de energia. A expectativa era que o negócio virasse a partir de 2026.

Segundo a Vibra, a companhia possui baixo risco operacional após ciclo de crescimento. Em 2021, na aquisição inicial, foi avaliada em cerca de R$ 6,80 bilhões, valor que, corrigido pelo CDI, equivaleria à cerca de R$ 9,24 bilhões.

Fundada em 2001 para fazer a gestão dos consumidores do mercado livre e atuar na comercialização de energia, a Comerc possui 4,7 mil unidades consumidoras e parques de geração solar com 78 usinas solares em operação.

É a maior gestora de energia do Brasil, mede mais de 27 mil pontos de telemetria e desenvolve inventários de carbono.

O BTG comenta que, ainda que já tenha incorporado no valor patrimonial líquido justo (NAV) para a participação de aproximadamente 50% da Vibra na Comerc no preço-alvo da VBBR há algum tempo, aproveitam o acordo recente para incluir uma modelagem abrangente e mais conservadora no modelo consolidado do banco, somando os resultados da Comerc ao P&L (lucros e perdas) da VBBR a partir de 2025.

Para a casa, o NAV justo é de R$ 6,1 bilhões, contra R$ 3,85 bilhões com a participação de 50% antes, implicando uma queda de 21% com 100% de Working Interest (WI).

“Esperamos que o lucro da Comerc em 2025 seja próximo de zero, enquanto a geração de fluxo de caixa é estimada em R$ 362 milhões em 2026. Mas o crescimento gradual das operações, juntamente com a normalização dos investimentos futuros, deve contribuir para a desalavancagem em breve”.

BTG enxerga potencial de valorização

Para o BTG, a gestão da Vibra permancerá focada no seu negócio principal de distribuição de combustíveis, mesmo em meio aos desafios inerentes a uma empresa que desenvolve uma nova unidade de negócios. Para o banco, os riscos associados à tese de investimento estão mais do que precificados.

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“Com forte visibilidade dos resultados pelo menos até as eleições presidenciais de 2026, vemos potencial para a VBBR valorizar”.

O BTG ainda elevou as estimativas para 2025 do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 8% acima do consenso.

A “soma das partes” , considerando o fluxo de caixa para o segmento de distribuição de combustíveis e Comerc, justifica o preço-alvo de R$ 35 por ação, implicando um retorno potencial de 44% e um preço sobre lucro (P/L) alvo de 14x.

“A ação é negociada atualmente a 9,5x P/L para 2025 e, embora se possa argumentar que um P/L próximo de 14x possa parecer alto, se a Vibra reduzir a diferença de múltiplo com seu par mais próximo (atualmente negociado a 12,8 x P/L para 2025), o retorno potencial mais do que sustenta nossa recomendação de compra”.

*Com Renan Dantas

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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