Via (VIIA3) pode ter pior resultado do varejo, calcula Bradesco BBI; veja tamanho do prejuízo
O Bradesco BBI está pessimista com o segmento de e-commerce e, especialmente, com a Via (VIIA3). Em relatório enviado a clientes, a corretora projeta prejuízo líquido de R$ 432 milhões para a companhia no segundo trimestre, o que seria o pior número entre as empresas da cobertura da corretora.
“Acreditamos que a Via deve reportar números mais fracos — vendas fracas, despesas de juros consideráveis; com o maior declínio de ganhos”, discorre.
Veja na tabela abaixo:
Empresa | Resultado esperado (em milhões) |
---|---|
Arezzo | 116 |
C&A | -23 |
Grupo SBF | 26 |
Grupo Soma | 109 |
Guararapes | -52 |
Lojas Renner | 199 |
Marisa | -134 |
Enjoei | -2 |
Magazine Luiza | -186 |
Mobly | -24 |
Via | -432 |
De acordo com a corretora, as tendências do período no e-commerce serão semelhantes às do primeiro trimestre em termos de crescimento e participação de mercado e dinâmica de ganhos.
Assim, os resultados tanto da Via, como do Magazine Luiza (MGLU3), podem continuar prejudicados pelas despesas com juros. Para a empresa comandada pela família Trajano, o BBI vê prejuízo de R$ 186 milhões.
No caso de Magalu e Via, o BBI nota que as principais métricas do trimestre devem ser:
- geração de caixa, “que zero a positivo seria bem-vindo”;
- margens (o BBI ainda espera uma margem Ebitda fraca em 5,5% para o Magalu e 6% para a Via);
- crescimento (menos importante por enquanto).
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Problemas para a Via
E essa não é a única notícia ruim para a Via. O quadro de funcionários da empresa tem sido enxugado desde a mudança no comando da companhia em março, segundo informações divulgadas pelo Valor Econômico.
Uma fonte ouvida pelo jornal afirma que, nesta semana, em processo de reestruturação, cerca de 100 pessoas na área administrativa foram desligadas. No entanto, a onda de demissões tem acontecido em diferentes departamentos, hierarquias e negócios.
Em levantamento realizado pela XP, a empresa ficou entre três varejistas com maior short interest da Bolsa entre o período de 30 de junho a 14 de julho.
A métrica é a razão entre o total de ações alugadas que ainda não foram cobertas ou compradas de volta para fechar a posição, e a quantidade de ações em circulação no mercado.
Ter um short interest alto ou crescente pode indicar que os investidores estão apostando que o preço do ativo vai cair e, portanto, essa métrica é uma maneira de entender o sentimento do mercado em relação a um investimento.
No ano, a Via acumula queda de 17%.