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Via (VIIA3) informa se ‘efeito Americanas (AMER3)’ pode afetar empresa

12 jan 2023, 20:52 - atualizado em 12 jan 2023, 20:52
Casas Bahia, Via Varejo VVAR3
A empresa esclarece que as despesas de juros são registradas no resultado como despesa financeira (Imagem: YouTube/Casas Bahia)

A Via (VIIA3) afirmou que operações de risco sacado (convênio), um dos motivos para o rombo de R$ 20 bilhões da Americanas (AMER3), estão registradas nas demonstrações financeiras em conformidade com as normas internacionais de contabilidade, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta (12).

“Para fins de referência, no terceiro trimestre de 2022 e anteriores, detalhamos a respectiva operação em
uma linha específica no balanço patrimonial denominada fornecedores convênio e na nota explicativa 14.a, na qual descrevemos a operação, incluindo a taxa de juros média incidente”, coloca.

Por fim, a empresa esclarece que as despesas de juros são registradas no resultado como despesa financeira.

O que é risco sacado?

O risco sacado ocorre quando uma empresa contrata uma instituição financeira para realizar a antecipação de recebíveis a fornecedor. Desse modo, a companhia passa a dever aos bancos e não mais ao fornecedor.

A Genial Investimentos avaliou em relatório que as negociações em risco sacado realizadas pela Americanas repassam a responsabilidade do pagamento a fornecedores para instituições financeiras, o que, por sua vez, reduziria a conta de fornecedores no passivo, que teve seu valor declarado no balanço do terceiro trimestre de 2022 da companhia em R$ 5 bilhões.

Segundo Rial, o risco sacado é particularmente importante em empresas com margens mais estreitas, porque “pode induzir a dívida bancária, que passa a ser caracterizada como conta Fornecedor”.

Nesse sentido, o ex-CEO avalia que o risco sacado não era lançado como dívida na folha da Americanas.

“Ao não declarar em integralidade os saldos das operações, a companhia subestimou em seu balanço o tamanho do endividamento, que tinha um valor declarado de R$ 20,8 bilhões”, explicam os analistas da Genial.

Veja o documento:

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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