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Via Varejo tem queda com Klein se movimentando por controle da companhia

05 jun 2019, 13:53 - atualizado em 05 jun 2019, 13:54
Ações da empresa operam com queda de 2,47% a R$ 4,64

Por Investing.com

No começo da tarde desta quarta-feira na bolsa paulista, as ações da Via Varejo (VVAR3) operam com queda de 2,47% a R$ 4,64, figurando assim entre as maiores quedas do Ibovespa no dia. O mercado reage à notícia de que Michael Klein, acionista da companhia e membro da família dos fundadores da Via Varejo, busca uma forma de tirar o Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) do controle da companhia.

Para viabilizar a operação, o empresário conta com a assessoria da XP Investimentos, que tem a missão de atrair investidores para a operação. As informações estão na Coluna do Broad, da edição desta quarta-feira do Estadão.

Klein, informa o jornal, quer montar uma estrutura societária em que fundos entrariam com recursos para a compra da companhia, com o empresário participando de forma marginal. O objetivo é fazer com que as ações do GPA na Via Varejo sejam pulverizadas para não configurar uma troca de controle da varejista que é dona das redes Casas Bahia e Ponto Frio. Atualmente, o GPA detém 36% da companhia.

A coluna explica que o grande desafio do empresário para viabilizar a operação é o chamado “tag along”, que obrigaria o comprador a estender a oferta aos acionistas minoritários. No entanto, com a pulverização dos papéis do GPA, a família Klein poderia se tornar a acionista majoritária com seus 25% do capital e também defende que a companhia siga listada na bolsa.

O Estadão informa ainda que há três semanas o fundo soberano de Cingapura foi sondado para participar da operação. Outro nome que estaria alinhado com as pretensões de Klein é o da Starboard, especializada em recuperação de empresas.

O empresário Michael Klein vendeu na semana passada um portfólio de mais de 30 lojas, levantando cerca de R$ 400 milhões e se livrando de uma dívida de R$ 250 milhões carregada pelos ativos, fontes informadas sobre a transação disseram ao Brazil Journal.

O fundo soberano de Cingapura (GIC), que já faz negócios com Klein e a HSI Investimentos, uma gestora de ativos imobiliários que já havia comprado dois ativos de Klein no início do ano por cerca de R$ 250 milhões, estão entre os compradores.

Essa série de operações é vista como uma forma que o empresário está se preparando para uma oferta pela Via Varejo.

Vistas em seu conjunto, as transações são o sinal mais claro de que Klein está levantando liquidez relevante para sua tão antecipada oferta pela Via Varejo

Brazil Journal destaca que Klein ainda pode levantar mais dinheiro, isso porque em outubro colocou à venda um portfólio premium com cerca de 10 centros de distribuição com valor estimado em R$ 2 bilhões.

No fechamento de ontem, a Via Varejo tinha um valor de mercado de R$ 6,3 bilhões.

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“Pílula do Veneno”

Na noite de segunda-feira, os acionistas da companhia aprovaram a retirada do estatuto social a chamada cláusula relativa à “pílula de veneno”, a qual condiciona a compra de participação acima de 20% da Via Varejo à uma oferta aos demais acionistas minoritários no prazo de até 60 dias. Sem ela, agora não será preciso que as condições sejam estendidas e que poderia ser recebida de forma negativa pelo mercado.