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Via Varejo reverte prejuízo e lucra R$ 590 milhões no 3º trimestre com e-commerce

12 nov 2020, 8:45 - atualizado em 12 nov 2020, 8:52
Via Varejo Casas Bahia
A receita bruta do canal online apresentou crescimento de 278% ano a ano (Imagem: Divulgação)

A Via Varejo (VVAR3) registrou lucro líquido contábil de 590 milhões de reais no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de 346 milhões de reais um ano antes, com forte crescimento nas vendas online na esteira da pandemia de Covid-19, em resultado também influenciado por créditos fiscais.

O lucro operacional ficou em 100 milhões de reais, de prejuízo de 208 milhões no terceiro trimestre de 2019, segundo os dados divulgados na noite de quarta-feira.

As vendas pela métrica GMV, considerando e-commerce (marketplace e canal online Via Varejo) e lojas físicas, alcançaram 10 bilhões de reais de julho a setembro, alta de 43,4% ano a ano, com o GMV apenas do comércio eletrônico saltando 218,7%, para 4,1 bilhões de reais.

No caso das lojas físicas, a receita bruta cresceu 3,7% ano a ano, para 5,9 bilhões de reais. Considerando todas as lojas no conceito vendas mesmas lojas (SSS), mesmo que parcialmente fechadas ao longo trimestre, a alta foi de 4,3%.

A receita bruta do canal online apresentou crescimento de 278% ano a ano, para 3,4 bilhões de reais, resultado que a companhia atribuiu a melhorias nos prazos de entrega, avanços na plataforma tecnológica e ofertas de produtos, além de “robusta base de clientes e ganho de marketshare”.

A receita líquida da Via Varejo no terceiro trimestre somou 7,8 bilhões de reais, alta de 37,3%.

No caso das lojas físicas, a receita bruta cresceu 3,7% ano a ano, para R$ 5,9 bilhões (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

“Estamos muito animados para a Black Friday. Pensando em nossos clientes, antecipamos as ofertas e teremos 7 bilhões de reais em estoques”, afirmou a companhia, dona das redes Casas Bahia e Ponto Frio, entre outras.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado saltou para 1,2 bilhão de reais, de 220 milhões de reais no mesmo período de 2019, com a margem Ebitda ajustada passando a 15,3%, de 3,9% um ano antes. O Ebitda ajustado operacional somou 627 milhões de reais.

As despesas com vendas, gerais e administrativas operacionais cresceram 13,4% ao excluir fatores não recorrentes, a 1,7 bilhão de reais, mas em relação a receita passaram a 22,3%, de 27% no terceiro trimestre de 2019. O resultado financeiro líquido ficou negativo em 107 milhões de reais, de resultado negativo de 240 milhões de reais um ano antes.

O custo das mercadorias vendidas alcançou 5 bilhões de reais, de 3,9 bilhões de reais um ano antes.

No material de divulgação do resultado, a Via Varejo cita efeitos distribuídos em algumas linhas do balanço de créditos de ICMS na base do PIS/Cofins de 625 milhões de reais, créditos PIS/Cofins de 20 milhões de reais, e créditos previdenciários de 126 milhões de reais.

O grupo disse que encerrou o trimestre com caixa líquido de 3,4 bilhões de reais, incluindo a carteira de recebíveis não descontados no valor de 5,8 bilhões de reais. Frente ao segundo trimestre, houve geração de 465 milhões de reais em caixa.

No final de setembro, a Via Varejo tinha 1.065 lojas (Imagem: Reuters/Nacho Doce)

A companhia também observou alguma melhora na inadimplência, com a taxa considerando atraso superior a 90 dias sobre a carteira ativa do crediário em 7,7% em outubro, de 7,8% em setembro e 9,9% em agosto.

No final de setembro, a Via Varejo tinha 1.065 lojas, de 1.061 um ano antes.

O banco digital banQi registrava mais de 1 milhão de contas, sendo mais de 600 mil nos últimos três meses, com mais de 1,2 bilhão de reais em créditos direto ao consumidor, sendo 685 milhões nos últimos três meses.