Via Varejo põe ordem na Casas Bahia e ações voltam ao radar de UBS e Credit Suisse
PULSO DO MERCADO – O balanço do terceiro trimestre da Via Varejo ultrapassou as projeções de analistas. Na visão deles, confirma o êxito da lição de casa da empresa dona das redes de eletroeletrônicos Casas Bahia e Ponto Frio após sofrer duro golpe na recessão. O índice de “vendas em mesmas lojas” cresceu 18,6%, evidenciando fundamentos em um cenário de recuperação da economia. O UBS elevou o preço-alvo às ações VVAR11, assim como o Credit Suisse que passou a recomendar “compra” aos papéis.
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- O Credit Suisse elevou as estimativas para empresa. Na análise, cita “novas premissas macroeconômicas, os resultados reportados, a consolidação da Cnova Brasil e novas premissas para o crescimento de receitas e margens em razão do novo plano de expansão e diversas iniciativas”, conforme relatório assinado por Tobias Stingelin, Pedro Pinto e Leandro Bastos. O Credit Suisse melhorou a recomendação aos papéis de “neutro” para “outperform”(expectativa de desempenho acima da média do mercado). O preço-alvo estipulado é de R$ 32.
- “Acreditamos que a ação VVAR11 ainda não está precificando a forte alavancagem operacional e o papel que isso terá na expansão de margens em 2018 diante da continuidade do crescimento acelerado das receitas”, diz relatório do UBS assinado por Gustavo Piras Oliveira, Guilherme Muller e Rodrigo Alcantara. A recomendação é de “compra” e o preço-alvo para 12 meses foi elevado de R$ 22 para R$ 31.
- Em um relatório divulgado na quarta-feira (25), o JPMorgan incluiu as ações da Via Varejo em seu portfólio para a América Latina para ter maior exposição ao ciclo de recuperação do consumo a um preço atrativo.
- “Em geral, os resultados vieram em linha com nossas provisões, confirmando Via Varejo como um dos destaques positivos do trimestre em nosso universo de cobertura. A evolução impressionante, da receita ao lucro, deve sustentar bom momento das ações no curto prazo”, afirma relatório do BTG Pactual assinado por Fabio Monteiro e Luiz Guanais. A recomendação às ações é “neutra”.
- “Um dos destaques positivos do período foi a divisão de vendas online da empresa que apresentou um incremento de 24,4% no volume total comercializado, crescimento acima do restante do mercado (+9,4%), o que sugere possíveis ganhos de marketshare”, escreve o analista João Mamede, do Santander, em nota a clientes.
- “Mantemos nossa recomendação de compra para as ações da Via Varejo, que é a nossa top pick do setor de varejo no Brasil. Continuamos a ver um bom impulso nos lucros, uma vez que a empresa recupera gradualmente as suas margens ciclicamente comprimidas e mantemos nosso preço-alvo em R$ 25,30 por ação”, diz relatório assinado pelos analistas do Citi Cauê Pinheiro, Larissa Nappo e Rafael Santos.
- Em nota a clientes, os analistas da Bradesco Corretora Richard Cathcart e Flávia Meireles destacam o otimismo relação ao resultado do próximo trimestre e do ano de 2017. “Apesar do avanço das ações do setor de varejo na Bolsa, ainda vemos mais potencial de valorização proveniente da continuação do crescimento suportado pela demanda reprimida. Permanecemos com nossa recomendação de compra para VVAR11 com preço-alvo revisado para R$ 28,00 por ação.”
- A Via Varejo lucrou R$ 14 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 217 milhões apurado no mesmo período do ano anterior. O Ebitda chegou a R$ 346 milhões entre julho e setembro de 2017, um crescimento de 407% na mesma comparação. E a receita líquida ajustada somou R$ 6,109 bilhões, expansão de 18,6% ante o mesmo trimestre de 2016.
- Nesta tarde na B3, as ações da Via Varejo (VVAR11) recuavam 1,67%, cotadas a R$ 23,59. O Ibovespa perdia 0,28%, aos 76.445 pontos. No ano, os papéis acumulam alta de 119,53%.