Via Varejo opera em queda após prejuízo no 1º trimestre
A Via Varejo (VVAR11) opera com queda de 1,27 a R$ 3,88 às 13:33 na B3, após abrir em alta mesmo pressionada com prejuízo no primeiro trimestre do ano. A companhia anunciou, junto com resultado, reorganização da Cnova, braço da operação online das marcas do grupo, para aumentar eficiência operacional, além de prever aumento de margens neste ano.
A empresa reportou um prejuízo de R$ 49 milhões no primeiro trimestre devido a vendas menores. No mesmo período do ano passado, a Via Varejo havia apresentado lucro líquido de R$ 64 milhões.
O Ebtida somou R$ 521 milhões, queda de 18,2% no comparativo ano a ano, com a margem ajustada de 8,2%, ante 9,7% um ano antes. A receita líquida também apresentou diminuição, faturando R$ 6,33 bilhões, baixa de 4% em relação ao mesmo período do ano passado.
O resultado foi influenciado pela redução em 1,9% das vendas brutas no conceito mesmas lojas, que mensura o fluxo de vendas em estabelecimentos abertos há pelo menos um ano. No entanto, houve avanço de 1,7% nas vendas online medidas pelo Gross Merchandise Volume (GMV).
Cnova e Investimentos
A Via Varejo aprovou, em reunião do Conselho, a proposta de cisão parcial e subsequente incorporação da Cnova pela companhia. O objetivo é alinhar a estratégia de otimização da estrutura societária, buscando aumento de produtividade, eficácia nas atividades e redução de custos.
Os custos da reorganização serão de R$ 210 milhões. Não haverá diluição de participação detida pelos acionistas.
A companhia estima investimentos entre R$ 550 milhões e R$ 600 milhões em 2019. A Via Varejo estima aumento de 2 pontos percentuais acima da inflação da receita bruta sob o conceito de mesmas lojas, enquanto a previsão do GMV faturado é de alta de 15% a 20% no ano.
Recomendação
O BTG Pactual (BPAC11) avaliou em relatório a clientes que o resultado ruim veio abaixo das estimativas do banco, com a receita apresentada ficando 7% abaixo da expectativa do banco. Os analistas do banco estão neutros sobre o papel, com preço-alvo em R$ 8,00.
A XP Investimentos mantém neutra a recomendação neutra a preço-alvo de R$ 6,00. Os analistas da corretora avaliam que os papéis da companhia estão sob pressão com a venda de controle.
A Mirae Asset recomenda compra do papel com preço-justo a R$ 6,29, apesar do resultado ruim que “mostra dificuldades [da empresa] em capturar os investimentos em tecnologia realizados no ano de 2018”. A corretora espera uma avaliação negativa sobre o papel com o balanço do primeiro trimestre. A recomendação de compra, com upside de 60%, é apenas para um horizonte de longo prazo, pois vê melhora no resultado da companhia após a aprovação da reforma da Previdência e expectativa de melhora no desemprego.