Via Varejo é a ação favorita para capturar a expansão do e-commerce
O e-commerce se tornou fundamental durante a pandemia e, ao que parece, continuará reinando por mais algum tempo. Pelo menos essa é a expectativa do Banco Safra, que realizou um evento reunindo as principais empresas do setor.
“Vemos perspectivas positivas, com a penetração das vendas online ficando acima de 10%, acompanhando o aumento dos compradores online e a diversificação de categorias nas vendas, ambos impulsionados pelas medidas de distanciamento social”, afirmam os analistas Guilherme Assis e Felipe Reboredo.
Entre as companhias, o Safra considera a Via Varejo (VVAR) como a favorita para capturar a expansão do e-commerce, com preço-alvo de R$ 27, o que implica valorização de 79%. Segundo a dupla, o lançamento de uma nova plataforma de mercado deve emplacar um crescimento mais rápido de GMV (Volume Bruto de Mercadoria).
Os analistas também recomendam a compra das ações do Magazine Luiza (MLGU3), com preço-alvo de R$ 32, potencial de valorização de 25%.
A meta ousada da B2W (BTOW3) de GMV em 50% em 2021 deve sustentar um bom momento para o preço de suas ações, “apesar dos riscos crescentes de queima de caixa no futuro”, completam.
Via Varejo tem importantes gatilhos de crescimento
Os analistas afirmam que o lançamento da plataforma de integração do marketplace será crucial e deve ser um gatilho positivo para a empresa.
O diretor de operações da companhia, Abel Ornellas, reafirmou a confiança na continuidade dos ganhos de market share em 2021, conforme a empresa aumenta sua plataforma de integração para vendedores do mercado.
Ornellas confia que, mesmo com cenário desafiador, a empresa consiga manter o forte ritmo de expansão por meio de ganhos de participação de mercado.
“Apesar do desafio de crescer em um mercado competitivo, nós acreditamos que a Via Varejo possui fortes vantagens competitivas, incluindo a Casas Bahia, com 80 milhões de clientes”, observam.
Em relação à nova plataforma, a previsão é que ela seja concluída em fevereiro.
“Vemos a melhora em sua plataforma como a principal iniciativa para garantir um crescimento acelerado nos próximos anos e uma redução do gap de avaliação para outros participantes do varejo”, destacam.
Magalu deve continuar crescimento
A dupla destaca que o Magazine Luiza não apenas acelerou o crescimento, ganhando participação de mercado além dos principais jogadores, mas também elevou seu nível de serviços.
Além disso, a administração também reafirmou os pilares estratégicos da empresa para continuar ganhando participação de mercado, como novas categorias, SuperApp e entregas mais rápidas.
“Embora gostemos das constantes iniciativas e melhorias trazidas pela empresa, não vemos nenhum gatilho no curto prazo”, argumentam.
B2W corre atrás do prejuízo
Os analistas observam que depois de ficar atrás dos principais pares em 2020, a B2W revisou seu posicionamento competitivo, ajustando sua proposta de valor ao mercado de vendedores para promover um crescimento mais acelerado.
Entre as novas estratégias, estão a simplificação de tecnologia, para melhor atender a base de clientes, mais diversificação de vendedores e a consolidação da marca.
“O objetivo é acelerar o crescimento orgânico do GMV e ultrapassar os pares Mercado Livre e Magalu”, pontuam.