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Via Varejo: coronavírus não abala confiança do Credit Suisse e da XP; BTG está cauteloso

26 mar 2020, 10:57 - atualizado em 26 mar 2020, 10:57
Via Varejo Ponto Frio
(Imagem: Divulgação/Ponto Frio)

Os resultados do quarto trimestre, divulgados nesta quarta-feira (25), mostram que a Via Varejo (VVAR3) está bem preparada para enfrentar o período do coronavírus e sair da crise gerando valor para os investidores.

Esta é, pelo menos, a aposta do Credit Suisse e da XP Investimentos. Já o BTG Pactual está mais cauteloso, justamente pela imprevisibilidade causada pela pandemia.

O que mais agradou os analistas foram os primeiros sinais positivos da mudança de gestão da varejista, com o retorno, ao seu controle, da família Klein – fundadora da Casas Bahia.

“Acreditamos que as primeiras linhas e a lucratividade do 4T19 mostram os primeiros sinais de que a reestruturação está, de algum modo, se materializando”, afirmam Victor Saragiotto e Pedro Pinto, que assinam o relatório do Credit Suisse.

Pedro Fagundes, da XP Investimentos, acrescenta que a mudanças realizadas pela nova diretoria são um trunfo para a Via Varejo enfrentar as dificuldades causadas pela pandemia no curto prazo.

Destaques

Entre elas, estão o fortalecimento das vendas online, a melhora da rentabilidade e o estreitamento de laços com os fornecedores, e a capacidade de execução da nova diretoria.

Olho do dono: Michael Klein, da família fundadora da Casas Bahia, voltou ao controle da Via Varejo (Imagem: Patricia Monteiro/Bloomberg)

“Apesar de reconhecermos que a crise desencadeada pelo coronavírus aumentará a complexidade operacional ao longo dos próximos meses, acreditamos que a companhia esteja preparada e suficientemente capitalizada para atravessar esse período”, afirma Fagundes.

O BTG Pactual é o único que destoa do otimismo, entre as instituições que já publicaram relatórios sobre os resultados e as perspectivas da companhia. Luiz Guanais e Gabriel Savi, que assinam a análise, estão preocupados, sobretudo, com os potenciais efeitos do coronavírus sobre a empresas nos próximos meses.

“Planejamos revisar nossos números da Via Varejo em breve”, dizem.

“Mesmo após uma grande rodada de vendas (com a VVAR3 caindo 50% no acumulado do ano), continuamos cautelosos com o papel, dados o cenário desafiador do lado da demanda e seus efeitos sobre as operações e o endividamento no curto prazo”, acrescentam

Por isso, o BTG reitera sua recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 8. Já a XP Investimentos indica compra, e o Credit Suisse, outperform (desempenho esperado acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 21.

Veja o relatório de resultados do 4T19 da Via Varejo.

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