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Via Varejo: ação pode subir 32% com guinada digital em curso

12 nov 2020, 18:02 - atualizado em 12 nov 2020, 18:12
VVAR3 Via Varejo Casas Bahia
Novos tempos: coronavírus acelerou migração da Via Varejo para o e-commerce (Imagem: Divulgação/Facebook/Casas Bahia)

No começo do ano, muitos analistas criticavam a lentidão com que a Via Varejo (VVAR3) avançava no e-commerce. Àquela altura, o Magazine Luiza (MGLU3) era apontado como um alvo cada vez mais improvável de ser alcançado pela dona da Casas Bahia e do Ponto Frio. Mas o coronavírus chacoalhou a Via Varejo e a fez dar uma guinada digital.

O resultado foi visto no balanço do terceiro trimestre e deixou os analistas satisfeitos. Georgia Jorge, do BB Investimentos, está entre eles. Ao comentar as iniciativas da Via Varejo neste ano, ela sublinhou que “houve uma robusta aceleração das iniciativas relacionadas ao desenvolvimento da plataforma ominicanal e do aprofundamento do processo de transformação digital”.

Segundo o BB Investimentos, o desenvolvimento da Via Varejo no e-commerce “encurta a distância para seus concorrentes, que já se encontram mais avançados em termos de soluções digitais, tanto para o varejo, quanto para além dele”.

Ainda que essa distância exista, parece que a digitalização da Via Varejo ganhou vida própria e, portanto, não reduzirá o passo, quando a pandemia de coronavírus terminar. Por isso, o BB Investimentos decidiu elevar o preço-alvo dos papéis para 2021 de R$ 23,70 para R$ 24,80.

O novo preço embute uma alta potencial de 32% sobre o fechamento desta quarta-feira (11). A recomendação é de compra das ações.

Resultados

A Via Varejo registrou lucro líquido de R$ 590 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 346 milhões de um ano antes, com forte crescimento nas vendas online na esteira da pandemia de Covid-19, em resultado também influenciado por créditos fiscais.

As vendas pela métrica GMV, considerando e-commerce (marketplace e canal online Via Varejo) e lojas físicas, alcançaram R$ 10 bilhões de julho a setembro, alta de 43,4% ano a ano, com o GMV apenas do comércio eletrônico saltando 218,7%, para R$ 4,1 bilhões.