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Veterano de Wall Street prevê queda de 80% nas ações por inflação

08 jan 2022, 9:32 - atualizado em 08 jan 2022, 9:32
Wall Street
Veterano de Wall Street prevê queda em ações da S&P 500 (Pixabay)

Não existe otimismo que dure para sempre para David Hunter, chefe e estrategista da Contrarian Macro Advisors.

Segundo ele, as ações verão uma alta relevante, que pode erguer o indíce S&P 500 para mais de 5.300 pontos. Não é preciso temer, de acordo com Hunter. Pelo menos não por enquanto.

Isso porque segundo o veterano de Wall Street, que trabalha em mercados financeiros há 49 anos, é possível que em algum momento deste ano (possivelmente no segundo trimestre), as ações “irão derreter dramaticamente levada por um sentimento exagerado que as fará virar para o sul rapidamente”.

Em entrevista ao Palisades Radio, um canal do YouTube, em 15 de dezembro, Hunter afirmou que “é importante que as pessoas entendam que este é o último grito”. “Este não é o começo de algo grande”, acrescentou.

“O entusiasmo que você verá entre os investidores, tanto profissionais quanto de varejo, será diferente de tudo que vimos na última década.”

Segundo o Business Insider, em outra entrevista que Hunter deu, no dia 5 de janeiro, ele afirmou que o “mercado atual foi alimentado por baixas taxas de juros e impressão de dinheiro sem precedentes”.

“Mas com a inflação em 6,8%, chegando perto das máximas de quatro décadas, o Federal Reserve (Fed, análogo ao Banco Central do Brasil) agora está apertando a política para conter o aumento dos preços”, disse.

Ao falar sobre “apertar”, Hunter está falando sobre a retirada de circulação de dinheiro e acredita que o Fed “será forçado a fazer isso porque a inflação não vai cair tão cedo”.

Para ele, o aperto da política “será algo pior do que uma recessão, mas não tão duradouro quanto uma depressão”.

“O que eu acho é que as pessoas vão ficar surpresas [sobre] é como é difícil colocar o gênio da inflação de volta na garrafa”, disse ele à Palisades Gold Radio.

Na sexta-feira (7), o S&P 500 fechou abaixo dos níveis esperados por conta da divulgação dos dados de empregos norte-americanos e das expectativas em relação à decisão do Fed. É esperar para ver.