Internacional

Verificados pagos e demissão de 25% dos empregados: começa o ‘choque de gestão’ de Musk a frente do Twitter

31 out 2022, 17:16 - atualizado em 31 out 2022, 17:16
Elon Musk
A chegada de Elon Musk já começou a causar efeitos no Twitter

Um verdadeiro choque de gestão está para ocorrer no Twitter, agora que a era Musk começou. O homem mais rico do mundo está a menos de 72 horas no comando da rede social e já sinaliza que fará mudanças consideráveis no modelo de negócio da empresa.

Depois de demitir a alta cúpula de executivos do Twitter, Musk joga pressão para que empregados responsáveis pelo processo de verificação de contas apresentem um novo formato pago e obrigatório, com preço de $19,99 mensais para quem deseja o selo azul. Segundo noticiado, os verificados do Twitter terão 90 dias para assinar o novo pacote, ou perderão o selo.

O prazo para que o novo modelo passe a valer é daqui uma semana. Caso contrário, a divisão do Twitter Blue — que cuida de assinaturas pagas —  pode esperar um punhado de demissões.

O serviço de assinatura paga proposto por Musk dá ao usuário, além de ostentar o selo de verificado, a capacidade de ver artigos sem propaganda e customizar aspectos visuais do aplicativo.

Elon Musk já havia dito a interlocutores próximos que pretende dobrar a receita do Twitter em dois anos. Para alcançar o objetivo, o bilionário pretende aumentar a venda de assinaturas até que este segmento componha metade da receita global da plataforma.

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Demissões continuam na ordem do dia

Para cortar custos da sua nova aquisição, Musk deve mesmo seguir com um programa robusto de demissões na rede social, o que tem gerado pânico entre os funcionários do passarinho azul.

O tamanho desse corte, contudo, ainda parece incerto. Na semana passada, o jornal americano Washington Post havia reportado que o programa de demissões atingiria 75% da força de trabalho total da empresa.

Hoje, este mesmo jornal atualizou o andamento dessa história e informou que 25% de funcionários em praticamente todas os segmentos da rede estão com os dias contados, no que seria uma primeira rodada de demissões.

Segundo a fonte consultada pelo veículo, há um clima de caça às bruxas dentro do Twitter, com gerentes em posições de alto cargo pedindo listas de empregados a serem demitidos.

Confrontado na última quinta-feira sobre o assunto, Elon Musk negou que pretenda fazer uma demissão de três quartos dos empregados do Twitter, mas não negou a possibilidade de cortes significativos força do trabalho.

As ações do Twitter serão deslistadas da Bolsa de Nova York no próximo dia 8 de novembro.

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