Venezuela oferece ajuda em investigação de plano para matar presidente da Colômbia
A Venezuela ofereceu ajuda, hoje (30), para investigar um suposto plano para assassinar o presidente da Colômbia, Ivan Duque. A denúncia de possíveis atentados contra Duque foi feita no sábado (29) pelo ministro das Relações Exteriores colombiano, Carlos Holmes Trujillo. Em um vídeo divulgado pelo Twitter, ele informou que as agências de inteligência estão investigando há meses ameaças à vida do presidente – e que a prisão de três cidadãos venezuelanos, com armas de guerra “incrementou ainda mais as inquietudes”.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, respondeu neste domingo por Twitter (30) pedindo mais informações sobre os venezuelanos detidos e oferecendo apoio policial e de inteligência nas investigações. Ao mesmo tempo, ele cobrou do país vizinho cooperação para punir os responsáveis pelo suposto atentado contra o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, no dia 4 de agosto. Na época, Maduro acusou o então presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, de querer matá-lo.
Os três venezuelanos detidos pelas forças de segurança colombianas carregavam fuzis de alto calibre, uma granada e uma submetralhadora. A denúncia de que eles estariam planejando atacar o presidente da Colômbia foi feita três dias antes da viagem de Duque ao Brasil para a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro. Já Maduro, não irá.
“Em respeito ao povo venezuelano, não convidamos Nicolas Maduro para a posse do presidente Bolsonaro”, disse, há duas semanas, o futuro ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo. “Não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira”.
Maduro assumirá seu segundo mandato, de seis anos, no dia 10 de janeiro. Ele foi reeleito em maio, com 67,7% dos votos, mas o resultado não foi reconhecido pelos Estados Unidos, pelo Canadá e por mais de uma dezena de países latino-americanos. Eles responsabilizam Maduro pela crise politica, econômica e social que já expulsou mais de 3 milhões de venezuelanos – a maioria para países vizinhos.