02 nov 2017, 23:15
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atualizado em 05 nov 2017, 13:52
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse hoje em um discurso transmitido pelo canal de TV estatal VTC Canal 8 que irá renegociar a dívida externa do país e “iniciar uma jornada mundial de denúncia contra a perseguição financeira à Venezuela”.
Segundo Maduro, o vice-presidente Tareck El Aissami irá liderar as negociações com os credores. “Vamos chamar uma renegociação de nossa dívida externa para continuar investindo em nosso modelo social”, disse El Aissami na mesma ocasião.
O presidente venezuelano disse ainda que, em quatro anos, a Venezuela pagou US$ 71,7 bilhões em dívidas e que sempre cumpriu com os seus compromissos internacionais. Amanhã, disse ele, irá pagar US$ 1,121 bilhões em títulos da estatal de petróleo PDVSA. “Nunca nos renderemos ao império americano”, afirmou.
Jorge Arreaza, ministro das Relações Exteriores, disse que a decisão protege o povo do país e é uma relação à perseguição financeira e às sanções implementadas pelos Estados Unidos. “Cumpriremos os nossos compromissos com o povo e externos em novos termos de equilíbrio e respeito para a nossa soberania”, disse em sua conta no Twitter.
Segundo cálculos da Capital Economics, o governo (incluindo a PDVSA) têm US$ 10 bilhões em dívidas vencendo em 2018 e outros US$ 14 bilhões em 2019. Os economistas já questionavam a possibilidade de um default tendo em vista que as reservas do país estão em apenas US$ 10 bilhões e os preços do petróleo continuam estáveis.
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