Venezuela diz que pagamentos para consórcio Covax de vacinas foram bloqueados
Autoridades venezuelanas disseram na quinta-feira que o governo do país não conseguiu completar um pagamento requisitado para receber vacinas contra o coronavírus, pois as transferências para o programa global Covax foram bloqueadas.
O governo do presidente Nicolás Maduro diz há meses que não consegue pagar pelo programa Covax por conta das sanções impostas pelos Estados Unidos, e então em março anunciou que havia feito quase todo o pagamento solicitado de 120 milhões de dólares.
A vice-presidente Delcy Rodríguez disse em um pronunciamento televisionado na quinta-feira que o governo não conseguiu pagar a quantia faltante de 10 milhões de dólares, pois quatro operações haviam sido bloqueadas.
“O sistema financeiro, por detrás do qual se esconde o lobby dos EUA, tem o poder de bloquear recursos que podem ser usados para imunizar a população da Venezuela”, disse Rodríguez.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, publicou posteriormente uma cópia de uma carta do Covax dizendo que recebeu informações do banco suíço UBS de que quatro operações, totalizando 4,6 milhões de dólares, “foram bloqueadas es estavam sob investigação”.
O banco UBS afirma que, por razões legais e regulatórias, “não pode comentar assuntos relacionados a potenciais relações com clientes”.
O consórcio Covax não respondeu imediatamente a um pedido por comentários.