Vender muito barato na Black Friday pode custar caro? XP vê margens pressionadas
Apesar de dados preliminares, as empresas do e-commerce brasileiro podem ter se faturado com a promoção do Black Friday ao longo de todo o mês de novembro, além do dia oficial. Mas a que custo?
“Nossa expectativa é que as companhias apresentem um crescimento sólido no online no quarto trimestre, porém com rentabilidade pressionada”, avalia a XP Investimentos em um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (29).
Eles avaliaram três indicadores distintos, acerca dos dados de quinta-feira, sexta-feira e ao longo do mês:
1 – De acordo com a Cielo-ICVA – Índice Cielo do Varejo Ampliado, as vendas no varejo cresceram 7,8% ano a ano, puxadas pelo e-commerce (que subiu 14% a/a) enquanto o varejo físico subiu 5%.
2 – Já a Neotrust estimou um faturamento do e-commerce de R$ 5,4 bilhões (+6% a/a), principalmente explicado pela alta de preços, uma vez que o volumes ficou estável (-0,5% a/a).
3 – Para a NielsenIQ|Ebit, o faturamento atingiu R$ 4,2 bilhões (+ 5% ano a ano). No entanto, a consultoria destaca que as promoções foram bastante espalhadas ao longo do mês, com um crescimento de 31% na passagem anual nos 11 primeiros dias do mês e de 31% entre 18 e 24 de novembro.
“Sobre as principais categorias compradas, a NielsenIQ|Ebit destacou telefonia, eletrodomésticos e eletrônicos enquanto a Neotrust destacou os segmentos de bebidas, alimentos e moda. Acreditamos que a diferença seja devido à Nielsen possivelmente olhar do ponto de vista de maior participação nas vendas e a Neotrust como maior crescimento vs. ano passado”, explica a corretora.