Vendas do Tesouro Direto batem recorde para meses de outubro
A venda de títulos públicos a pessoas físicas somou R$ 2,085 bilhões em outubro, informou hoje (23) o Tesouro Nacional. O valor vendido por meio do programa Tesouro Direto é recorde para meses de outubro e o maior registrado desde março de 2017 (R$ 2,648 bilhões), quando as vendas tinham atingido o maior valor da história para um mês.
Pela primeira vez, o volume de investidores ativos ultrapassou 700 mil, atingindo a marca de 724.093 pessoas. Apenas no mês passado, 27.579 participantes passaram a investir em títulos públicos. O número de investidores cadastrados – ativos e não ativos – totalizou 2.815.930 pessoas.
No mês passado, os títulos mais vendidos foram os corrigidos pela taxa Selic (juros básicos da economia). Esses papéis concentraram 53,3% das vendas em outubro. Em segundo lugar, vieram os papéis vinculados à inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que responderam por 29% das vendas.
Em terceiro, ficaram os títulos prefixados (com juros definidos antecipadamente), que responderam por 17,6% das vendas. Os investimentos de menor valor continuaram a liderar a preferência dos aplicadores. As vendas abaixo de R$ 5 mil concentraram 75,2% do volume aplicado no mês.
Com o resultado de outubro, o estoque de títulos públicos aplicados no Tesouro Direto subiu 1,46% em relação a setembro, alcançando R$ 52,3 bilhões. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro resgatou R$ 1,805 bilhão. A variação do estoque representa a diferença entre as vendas e os resgates, mais o reconhecimento dos juros que incidem sobre os títulos.
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas possam adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.
A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.