Vendas de ônibus precisariam saltar 50% para justificar preço das ações da Marcopolo
Para os analistas Victor Mizusaki e Luiza Mussi, da Ágora Investimentos, a conta na Marcopolo (POMO4) não fecha, já que seria necessário um impulso de 50% nas vendas de ônibus para justificar o preço atual das ações, negociadas a R$ 2,89, conforme o valor de fechamento da véspera (1° de julho).
“Os papéis estão sendo cotados a 15,3 x EV/Ebitida 2021, o que significa 8% acima da média histórica de 3 anos”, revelam os analistas.
Os resultados trimestrais fracos são o principal gatilho para a correção do preço das ações. O lucro de R$ 10,7 milhões da companhia veio menor do que o esperado.
A interrupção das atividades da empresas em algumas unidades no exterior pressionaram o balanço da Marcopolo, que teve de se ajustar ao “novo normal”, desencadeado pela pandemia de coronavírus.
A dupla da Ágora espera um ciclo de recuperação tardia das vendas de ônibus e lista duas razões:
1) a Covid-19 prejudicou a capacidade de investimento das operadoras de ônibus em todo o mundo; e
2) não foram anunciadas medidas específicas para resgatar operadores de ônibus.
Portanto, a Ágora traça recomendação de venda dos papéis da Marcopolo e revisou o preço-alvo da ação para R$ 2,40 ante R$ 2,50.