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Vendas de imóveis novos crescem 21,5% com destaque para unidades do Minha Casa Minha Vida

21 jan 2025, 11:48 - atualizado em 21 jan 2025, 11:50
construção - imóveis - ações
(Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

As vendas de imóveis novos cresceram 21,5% no acumulado de janeiro a outubro de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo estudo realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Ao todo, foram 155.769 unidades comercializadas no período.

O destaque maior não poderia ser outro. O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) apresentou um desempenho robusto, com aumento de 26,1% no número de unidades vendidas e 22,5% no valor total das vendas, além de uma alta de 33% no volume de lançamentos.

A alta no setor é resultado de ajustes promovidos pelo atual governo desde 2023, que aumentou o subsídio dado às famílias para a aquisição de imóveis. Além disso, também ajustaram alíquota do Regime Especial de Tributação (RET) para projetos da faixa 1, o que aumentou o apetite das empresas no projeto.

Nos últimos resultados operacionais foi possível ver o impacto do incentivo nas companhias com foco no público de baixa renda, como Cury (CURY3), Direcional (DIRR3), MRV (MRVE3), Plano & Plano (PLPL3) e Tenda (TEND3).

Apesar do setor ter se beneficiado bastante dos programas sociais, o segmento segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) não ficou tão atrás. O estudo registrou uma alta de 3,8% no volume de vendas e de 23,7% no valor total comercializado. Já nos lançamentos, o setor apresentou alta de 13,6% em volume e 21,2% no montante lançado.

Vale destacar também que em setembro, após três manutenções, a taxa Selic retomou seu ciclo de alta o que, historicamente, é prejudicial para o setor imobiliário que depende de crédito.

“O setor imobiliário demonstrou resiliência e capacidade de adaptação em 2024, sendo responsável pela geração de 11% dos empregos formais no ano. om um bônus demográfico favorável, alta intenção de compra por parte dos compradores e uma indústria pujante, o setor tem todas as condições de seguir crescendo acima do PIB em 2025″, disse Luiz França, presidente da Abrainc.

No entanto, França destaca a necessidade de juros mais baixos para que o setor siga com um crescimento sustentável e, para isso, avalia que é fundamental controlar os gastos públicos e seguir com responsabilidade fiscal.

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.