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Vendas de etanol por usinas do Centro-Sul superam 3 bi litros em janeiro, diz Unica

12 fev 2025, 12:06 - atualizado em 12 fev 2025, 12:44
Etanol açúcar (1)
(Foto: Reuters/Paulo Whitaker)

As vendas de etanol pelas unidades produtoras do Centro-Sul totalizaram 3,06 bilhões de litros em janeiro, com alta de 2,07% em relação ao mesmo período do ano anterior, com impulso da comercialização do combustível hidratado e anidro, informou nesta quarta-feira (12) a Unica, associação que representa o setor.

O volume de etanol hidratado vendido no mercado interno totalizou 1,83 bilhão de litros, alta de 3,90% na mesma comparação, enquanto no caso do etanol anidro –usado na mistura com a gasolina — o aumento foi de 5,34%, para 1,09 bilhão de litros.

As vendas do etanol hidratado, combustível concorrente da gasolina nos postos, foram destaque na segunda quinzena, afirmou o diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues, em nota.

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O total comercializado de hidratado pelas usinas superou 1 bilhão de litros pela primeira vez na safra 2024/25 (abril/março), configurando-se no maior volume quinzenal registrado desde a segunda quinzena de julho da safra 2019/2020.

No acumulado desde o início da safra 2024/2025 até 1º de fevereiro, a comercialização de etanol pelas unidades do centro-sul somou 29,83 bilhões de litros, alta de 10,73%, principalmente pelo hidratado, mais competitivo que a gasolina em várias regiões na maior parte do período.

O centro-sul está na entressafra de cana e registrou uma moagem residual na segunda quinzena de janeiro, acrescentou a Unica, apontando processamento de 239,37 mil toneladas, queda de 66,28%.

No acumulado desde o início da safra 2024/2025 até 1º de fevereiro, a moagem atingiu 614,16 mil toneladas, queda de 4,93% no comparativo anual.

“A despeito da retração na moagem, a oferta de etanol cresceu devido ao aumento na produção de etanol a partir do milho, ao mix de produção mais alcooleiro nas usinas de cana, ao estoque de passagem mais elevado no início do ciclo 2024/2025 e a redução nas exportações do biocombustível, permitindo um avanço significativo nas vendas no mercado interno”, destacou Rodrigues.

Operaram na segunda quinzena de janeiro 19 unidades produtoras na região centro-sul, sendo três com processamento de cana, dez empresas que fabricam etanol a partir do milho e seis usinas flex (unidades com capacidade de produzir etanol de milho e de cana-de-açúcar).

O processamento de cana só deve começar a ser restabelecido em meados de março, com usinas se preparado para a nova safra, acrescentou o executivo.

A produção de açúcar na segunda quinzena de janeiro totalizou apenas 7,3 mil toneladas. No acumulado desde o início da safra, a fabricação do adoçante atingiu 39,80 milhões de toneladas, contra 42,13 milhões de toneladas do ciclo anterior (-5,52%), quando o volume foi recorde.

No caso do etanol, a produção deve ser recorde em 2024/25 apesar da redução da moagem de cana, com impulso do avanço do combustível de milho.

No acumulado do atual ciclo agrícola, a fabricação do biocombustível (de cana e milho) totalizou 33,19 bilhões de litros, com alta de 3,43%, sendo 21,11 bilhões de etanol hidratado (+9,84%) e 12,08 bilhões de anidro (-6,14%).

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