Vendas de etanol na 1ª quinzena sobem 7,25%, para 1,12 bilhão de litros, diz Unica

As unidades processadoras de cana-de-açúcar do Centro-Sul venderam 1,12 bilhão de litros de etanol na primeira quinzena de maio, alta de 7,25% em relação ao mesmo período do ano passado.

As informações são da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), em levantamento quinzenal divulgado nesta quinta-feira, 25.

Do total, 588,22 milhões de litros correspondem a etanol hidratado (-9,74%) e 529,17 milhões de litros a etanol anidro (+35,63%).

No mercado interno, o volume de etanol hidratado comercializado foi de 573,72 milhões de litros, o que significa uma queda de 11,14% em relação ao mesmo período da safra anterior. Já as vendas internas de etanol anidro subiram no período e totalizaram 508,62 milhões de litros no mês, alta de 36,61% em relação ao mesmo período da safra anterior.

A Unica ressaltou que as vendas de álcool anidro com finalidade carburante registrou 504,28 milhões de litros, resultado muito próximo ao do hidratado, de 531,63 milhões. “Tal semelhança nas saídas caracteriza um evento incomum, consequência da provável recomposição de estoques do anidro, em função da alta demanda por Gasolina C, e perda de participação do etanol hidratado na cesta de consumo”, afirmou a entidade.

Segundo o levantamento, a entrada em vigência do novo regime de monofasia na cobrança das alíquotas estaduais sobre a Gasolina A e etanol anidro, a partir de 1º de junho, também levanta a hipótese de que houve uma possível antecipação dos agentes de mercado, a fim de garantir a oferta de produto a uma carga tributária inferior.

CBIOs

Dados da B3 mostram que, até 23 de maio, 12,88 milhões de Créditos de Descarbonização (CBIOs) foram emitidos em 2023. A parte obrigada do programa RenovaBio havia adquirido no período cerca de 46,58 milhões de títulos.

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A meta anual de aquisição de 2022 e 2023 se sobrepôs depois que houve um adiamento no prazo do atendimento dos títulos no ano passado. Assim, o volume de CBIOs emitidos supera a meta de aquisição total para o ano de 2022, de cerca de 36,72 milhões de títulos, cujo prazo de cumprimento foi postergado até 30 de setembro de 2023.

Em 2023, a meta de aquisição é de 37,47 milhões de títulos e poderá ser atendida até 31 de março de 2024. O resultado analisado pela Unica considera o estoque de passagem da parte obrigada em 2021 somada com os créditos adquiridos em 2022 e 2023, até o momento, estejam eles ativos ou aposentados.