Economia

Vendas de combustíveis no Brasil sobem 2,2% em setembro, diz ANP

04 nov 2019, 17:17 - atualizado em 04 nov 2019, 17:17
Apenas o consumo de diesel registrou alta de 2,76% em setembro, para 4,89 bilhões de litros, enquanto no ano a alta é de 3,3% de acordo com dados da ANP (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

As vendas de combustíveis por distribuidoras no Brasil em setembro avançou 2,22% na comparação com o mesmo período do ano passado, para 11,67 bilhões de litros, com avanços na comercialização de diesel, etanol e até gasolina, que vinha perdendo mercado para o combustível renovável.

De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as vendas de combustíveis nos nove primeiros meses de 2019 avançaram 3% em relação a 2018.

Apenas o consumo de diesel registrou alta de 2,76% em setembro, para 4,89 bilhões de litros, enquanto no ano a alta é de 3,3% de acordo com dados da ANP.

Ainda que o consumo de gasolina, concorrente do etanol hidratado, tenha subido, as vendas de etanol atingiram o maior patamar mensal do ano, segundo os dados da ANP (Imagem: Money Times)

As vendas de etanol hidratado, destaque do ano, aumentaram 22,9% no acumulado de janeiro a setembro, enquanto no nono mês de 2019 avançaram 4,1%, para 1,87 bilhão de litros.

O consumo gasolina C aumentou cerca de 7% em setembro, para 3,09 bilhões de litros, mas ainda assim acumula perda de 2,6% no acumulado de 2019 até setembro.

Ainda que o consumo de gasolina, concorrente do etanol hidratado, tenha subido, as vendas de etanol atingiram o maior patamar mensal do ano, segundo os dados da ANP.

O aumento no consumo de etanol se reflete na participação do combustível na matriz do ciclo Otto (frota de veículos de passeio e carga leve), que atingiu 48,2% em 2019, maior valor desde 2009, quando o índice atingiu 48,4%, no período de janeiro a setembro, ressaltou a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

“Esse avanço expressivo no consumo do biocombustível reflete a maior competitividade do hidratado frente a gasolina e decorre de um indicativo de mudança de hábito dos consumidores em virtude dos conhecidos benefícios ambientais obtidos pela sociedade por meio do uso do etanol”, comentou o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues.