Vendas de carne bovina aos EUA pulam 157% no ano, sob impulso da in natura
Dada à desproporcionalidade entre as vendas de carne bovina brasileira à China, bem superior à soma dos 19 outros maiores importadores, quase não se fala de outros destinos, mesmo quando são embarques com lotes de alto valor agregado.
É o caso das exportações aos Estados Unidos, ainda mais se considerando que o país voltou a autorizar as importações da proteína in natura do Brasil no começo de 2020, depois de 1,5 ano proibidas.
Mercado de futuro promissor, dada ao elevado consumo em um rebanho nacional sem crescimento e ainda com carne disputada pelos exportadores locais.
No primeiro quadrimestre de 2021, os americanos compraram 157,6% a mais que no mesmo período do ano passado, de acordo com os dados da Secex compilados pela Abrafrigo. Foram pouco mais de 23 mil toneladas.
E praticamente encostaram no Chile, segundo maior destino (se Hong Kong for agregada ao total China) também de carne de melhor qualidade.
Ainda há uma participação elevada de carne processada no total exportado aos EUA, mas o crescimento tem se dado pelo aumento da carne bovina fresca, ao passo que as vendas da industrializada – geralmente de cortes inferiores – estão em queda.
De janeiro a abril, China e Hong Kong adquiriram pouco mais de 330 mil toneladas (295,2 mil/t em 2020), que resultaram em US$ 1,479 bilhão de receitas.