Vendas anuais da Diageo recuam com demanda fraca em bares e restaurantes
A Diageo, maior fabricante de bebidas destiladas do mundo, sofreu uma perda de 1,3 bilhão de libras nos ativos, pois registrou uma queda maior do que o esperado nas vendas líquidas subjacentes, com a demanda por seus produtos, como uísque, vodka e gin, caindo quase todos os mercados.
A baixa contábil de 1,3 bilhão de libras esterlinas da fabricante do uísque Johnnie Walker foi relacionada a seus negócios na Índia, Nigéria, Etiópia e a marca de uísque Windsor na Coreia do Sul, em razão das difíceis condições comerciais devido à pandemia de Covid-19.
Nesta terça-feira, a empresa reportou uma queda de 8,4% nas vendas orgânicas no ano fiscal encerrado em 30 de junho, maior do que a estimativa de analistas de uma queda de 7,3%, segundo a empresa.
O resultado marca o pior desempenho anual de vendas da empresa em mais de uma década, segundo analistas de Bernstein.
A América do Norte foi a única região positiva da empresa, com as vendas subindo 2%, refletindo a forte demanda por tequilas e bebidas prontas para beber em supermercados e lojas de bebidas alcoólicas, informou a empresa.
A vice-presidente financeira, Kathryn Mikells, disse que os fortes resultados na América do Norte, seu maior mercado em receita, ocorreram porque 80% das vendas da Diageo vieram de lojas de varejo, em contraste com outros mercados, onde bares e restaurantes representam a maior parte das vendas.
A empresa disse que ainda não conseguiu fornecer perspectivas específicas para o ano, depois de suspender a previsão anterior em abril.
“O impacto no lucro deve durar pouco, desde que a economia global não demore muito para se recuperar”, disse William Ryder, analista de ações da Hargreaves Lansdown.
“Acreditamos que o grupo continuará bem a longo prazo, mas a administração terá que se concentrar mais na redução da dívida do que provavelmente gostaria”, afirmou.