Commodities

Vendas antecipadas da soja nova estão atrasadas, mas devem acelerar inclusive pelo fator cambial

29 ago 2019, 15:46 - atualizado em 29 ago 2019, 15:46
Além de fundamentos próprios, soja se beneficia do câmbio nas exportações e das compras chinesas (Imagem: Daniel Acker/Bloomberg)

A safra nova de soja ainda não começou a ser plantada, o que deve ocorrer a partir de 15 de setembro, mas poderia estar negociada antecipadamente em torno de 35% da previsão de colheita. As vendas contratadas para entrega futura, de janeiro/fevereiro em diante, estão na ordem de 23%.

Mas não é de todo um volume que pode ser considerado ruim depois de tantas incertezas com a guerra comercial entre China e Estados Unidos, além da indefinição da safra americana que sofreu com vários problemas climáticos e demorando para deixar mais claro o balanço de oferta.

E agora, além das compras aceleradas da safra velha pelos Chineses, aproveitando a oleaginosa brasileira barata, o consultor Vlamir Brandalizze acredita que os produtores devem aproveitar também o fator cambial “para fazer médias” também para a safra 19/20.

O dólar favorável precisa ser aproveitado, porque qualquer “calmaria que possa vir e o câmbio cair R$ 0,20, pode não compensar mesmo que Chicago (CBOT, bolsa de futuros) suba um pouco”, avalia o chefe da Brandalizze Consulting.

Nos portos, já tem negócios até R$ 86,00 para julho de 2020, registrou Brandalizze, para quem o mercado futuro agora tenta buscar uma base entre US$ 8,5 e US$ 9,00 o bushel, “com um olho no clima americano e outro na guerra comercial”.

Quanto ao primeiro, há ainda um fator favorável aos preços, com o ritmo de desenvolvimento das lavouras dos Estados Unidos atrasado. Embora o clima esta semana esteja perto do normal, espera-se mais frio a partir da semana que vem, o que retardaria ainda mais o desempenho das vagens.

Sobre a guerra comercial, com setembro marcando a entrada ds taxações americanas e chinesas já anunciadas, novos capítulos devem surgir.

 

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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