Venda “justa” faria ação da Oi ir a R$ 1,55, estima Credit Suisse
Uma venda “justa” da operação móvel da Oi (OIBR3) precificaria a ação em R$ 1,55, estima o Credit Suisse em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (19). Os papeis terminaram hoje negociados a R$ 1,07, ou seja, este cenário sugere um potencial de valorização de aproximadamente 45%.
O valor calculado pelos analistas Daniel Federle, Felipe Cheng e Juan Pablo Alba para o segmento, disputado pela Vivo (VIVT4) e Tim (TIMP3), ficaria em torno de R$ 16 bilhões. Este é um número bastante superior ao relatado pela Reuters hoje, de R$ 10 bilhões.
Este montante encontrado pelo banco assume uma avaliação de 8 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda, “o que, do ponto de vista do comprador, seria justificado por boas sinergias”.
Movimento local
Os analistas entendem que os concorrentes locais devem antecipar possíveis movimentos de empresas internacionais e tentar adquirir os ativos da Oi, especialmente seus negócios móveis e fibra.
De acordo com a Reuters, a Oi também entrou em conversas preliminares com a norte-americana AT&Te outra empresa chinesa.
“Se o número reportado pela Reuters (R$ 10 bilhões) for confirmado, isso implicaria risco de queda nos preços atuais das ações da Oi, de acordo com nossos cálculos. Embora ainda haja falta de clareza em relação às discussões sobre consolidação, ressaltamos que não esperamos que o momento operacional da Oi melhore no curto prazo e continuamos com uma visão negativa das ações”, ponderam os analistas.