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Venda de soja fica em segundo plano com foco do produtor na colheita, diz Safras

10 mar 2021, 15:21 - atualizado em 10 mar 2021, 15:21
Soja Agronegócio
Um mês atrás, as vendas tinham atingido 59,8% do total esperado, o que significa uma evolução dos negócios desde então de 2,9 pontos percentuais (Imagem: REUTERS/Roberto Samora)

A comercialização de soja do Brasil teve uma evolução mais lenta no último mês, atingindo 62,7% da produção esperada para o ciclo de 2020/21, com agricultores focando esforços na colheita e deixando as vendas em “segundo plano”, avaliou a consultoria Safras & Mercado nesta quarta-feira.

Um mês atrás, as vendas tinham atingido 59,8% do total esperado, o que significa uma evolução dos negócios desde então de 2,9 pontos percentuais.

Isso deixou o patamar de vendas mais próximo do visto em igual período do ano passado (61%), mas a comercialização segue bem adiantada ante a média para esta época (49%), “devido à elevação consistente nos preços da oleaginosa”.

“Nesse último mês, os produtores priorizaram os trabalhos de colheita e deixaram a comercialização em um segundo plano. Até mesmo devido ao excesso de chuvas e ao atraso da colheita”, disse o analista da Safras Luiz Fernando Roque.

Com a produção total estimada em 133,104 milhões de toneladas, a consultoria acredita que 83,463 milhões de toneladas tenham sido negociadas.

Do total projetado, produtores tinham colhido pouco mais de um terço da safra até a semana passada, enquanto no mesmo período do ano anterior cerca de metade da colheita havia sido retirada dos campos, segundo analistas.

Com os negócios mais lentos e desafios para tirar a soja dos campos devido à chuva, a venda já está atrás do ano passado em Mato Grosso.

O maior Estado produtor da cultura negociou 74% da produção, ante 79% no mesmo período da safra passada e média histórica de 63%.

No Paraná, as vendas chegaram a 63%, acima dos 48% vistos um ano antes e da média histórica de 39%