Comércio

Venda de smartphones no Brasil deve ter outro ano “desafiador”, prevê IDC

30 mar 2023, 14:34 - atualizado em 30 mar 2023, 14:34
IDC Brasil
“A queda no volume de unidades vendidas em 2022 impediu que as receitas fossem maiores do que no ano anterior, mesmo com os aparelhos custando mais caro”, disse Andreia Chopra, analista da IDC Brasil (Imagem: Pixabay/StockSnap )

A empresa de pesquisa de mercado IDC Brasil divulgou nesta quinta-feira expectativa de que as vendas de smartphones no país este ano devem ficar próximas ou abaixo do volume de 2022, que já foi marcado por uma queda de quase 7%.

As vendas de celulares no Brasil em 2022 somaram 42,6 milhões de unidades, dos quais 40,7 milhões sendo smartphones e o restante aparelhos comuns, reduções de 6,31% e 18,28%, respectivamente, em relação a 2021.

No total, o mercado brasileiro de celulares vendeu 6,93% menos aparelhos do que em 2021, gerando uma receita total de 77,09 bilhões de reais, 1,74% menos que 2021, segundo os dados da IDC.

As vendas dos aparelhos 5G devem permanecer em crescimento contínuo durante 2023, dando sequência aos resultados do final de 2022, ano em que a tecnologia foi disponibilizada nas capitais do país.

Os impactos pós-pandemia se mostraram mais acentuados em 2022 e muitos consumidores adiaram a aquisição de um novo dispositivo, segundo a empresa.

A IDC afirmou que os smartphones ficaram 5% mais caros em 2022, com valor médio em 1.887 reais, enquanto os celulares mais simples tiveram alta de 3,2% nos preço médio, chegando a 161 reais.

“A queda no volume de unidades vendidas em 2022 impediu que as receitas fossem maiores do que no ano anterior, mesmo com os aparelhos custando mais caro”, disse Andreia Chopra, analista da IDC Brasil.

Nem o chamado “mercado cinza”, que reúne canais não oficiais de vendas, conseguiu avançar em 2022, recuando 24,6% no volume vendido, segundo a IDC, para 2,72 milhões de unidades.

A reabertura das lojas físicas também não foi o suficiente para atrair mais consumidores e recuperar números do setor, que estão em queda desde 2020. “O consumidor priorizou modelos mais simples e antigos frente aos lançamentos, fazendo com que o volume de aparelhos 5G vendidos ficasse abaixo das expectativas”, disse Chopra.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar