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Venda de fatia na Taesa sinaliza que Cemig achou o caminho certo para seguir com desinvestimentos

29 mar 2021, 12:57 - atualizado em 29 mar 2021, 12:57
Cemig (CMIG4)
Os analistas do Safra destacaram que a venda da fatia na Taesa está nos planos da Cemig há muito tempo, e 2021 pode ser o ano de conclusão da operação (Imagem: Reprodução/YouTube Cemig)

O anúncio de que a Cemig (CMIG4) começou a avaliar a venda de sua participação na Taesa (TAEE11), onde é um dos acionistas controladores, sinaliza que a administração da estatal finalmente encontrou seu caminho para prosseguir com os planos de desinvestimento, afirmou o Safra.

Os analistas da instituição destacaram que a venda da fatia na Taesa está nos planos da Cemig há muito tempo, e 2021 pode ser o ano de conclusão da operação. Eles ainda lembraram que a Cemig vendeu no início deste ano a totalidade da sua participação na Light (LIGT3) via oferta de ações.

O Safra reiterou a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para as ações da estatal, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 13,80. Além do desinvestimento de ativos não essenciais, o banco enxerga as iniciativas de redução de custos da Cemig como aspectos positivos na agenda.

A Cemig também divulgou resultados que, na opinião do Safra, vieram melhores do que o esperado. A empresa reportou no quarto trimestre do ano passado lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, alta expressiva de 136% em comparação com o mesmo período de 2019.

O resultado foi positivamente impactado por efeitos de uma revisão tarifária de ativos de transmissão e reversão de perdas associadas à desvalorização de ações da Light.

O Ebitda, que corresponde ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, atingiu R$ 1,6 bilhão, representando um aumento de 79% no comparativo anual. Desconsiderando os efeitos não-recorrentes, o indicador avançou 23,6%, para R$ 1,1 bilhão.

A receita líquida cresceu 5,8% e totalizou R$ 6,8 bilhões.

Para a XP Investimentos, a Cemig apresentou resultados neutros, com efeitos da pandemia de Covid-19 ainda presentes na frente operacional. A corretora, que manteve a recomendação neutra e o preço-alvo de R$ 12 para o papel da estatal, também comentou sobre o desinvestimento da companhia na Taesa.

“Em nossa visão, é importante monitorar qual será a estrutura que a Cemig adotará para venda de sua participação na Taesa”, disse. “A Cemig tem a possibilidade de aproveitar o prejuízo contábil gerado pela venda da participação na Light, em janeiro, para reduzir o imposto que a venda da Taesa vai gerar”.

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