Venda de diesel no Brasil termina junho com queda de 2,4%; refino de petróleo diminui
A comercialização de diesel no Brasil registrou queda de 2,4% em junho na comparação com igual período do ano passado, informou nesta segunda-feira o Ministério de Minas e Energia, indicando uma desaceleração no consumo na reta final do mês.
Até o boletim divulgado na semana passada, que contabilizava as vendas entre 1º e 24 de junho, a comercialização de diesel –combustível mais utilizado no país– apresentava alta de 3,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o ministério.
O consumo de combustíveis sofreu forte impacto das medidas de isolamento social e das restrições à circulação, impostas para contenção da pandemia de coronavírus.
As vendas de gasolina tiveram recuo de 7,6% em junho na comparação anual, enquanto a comercialização de etanol sofreu tombo ainda maior no mês passado, de 23,4%, em momento em que as usinas de cana do país mantêm foco na produção de açúcar, em detrimento do biocombustível.
A comercialização de querosene para aviação, por sua vez, afundou 75,1% no ano a ano, ainda de acordo com o ministério. O setor aéreo foi um dos mais afetados pela crise sanitária e econômica derivada da Covid-19, com as restrições a viagens levando ao cancelamento de grande parte dos voos.
No mesmo compasso, o fator de utilização global das refinarias de petróleo no Brasil tem apresentado dias seguidos de queda, informou o governo.
Após um pico de 77,5% da capacidade na carga em 29 de junho, foram sucessivos recuos — no domingo, 5 de julho, o fator de utilização atingiu 72,6% da capacidade.