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Venda de ativos pode não ser a melhor opção de longo prazo para Banco do Brasil

23 mar 2021, 15:05 - atualizado em 23 mar 2021, 15:05
Banco do Brasil
“O pior cenário para uma franquia forte como o Banco do Brasil é ter menos ativos valiosos em suas mãos”, afirmaram os analistas da Ágora Investimentos (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Com a saída de André Brandão do Banco do Brasil (BBAS3), a pauta sobre a potencial venda da BB DTVM, gestora de fundos da estatal, voltou a circular. O banco suíço UBS é um dos interessados em adquirir o ativo, de acordo com pessoas com conhecimento do assunto.

Brandão, que ficará na presidência do Banco do Brasil até 30 de março, tinha o desinvestimento na gestora como uma das prioridades na agenda. Agora, o mercado está à espera para saber se Fausto de Andrade Ribeiro, nomeado para assumir o comando da companhia, vai dar continuidade aos planos do seu antecessor.

Segundo a Ágora Investimentos, existem dois caminhos que o Banco do Brasil pode seguir para destravar valor: reduzir despesas e aumentar a eficiência ou encolher a estrutura por meio de acordos com players do setor privado. Na avaliação da corretora, a segunda opção parece mais provável de acontecer, mas não é a melhor alternativa.

“O risco é reduzir a exposição a negócios mais lucrativos”, afirmaram os analistas Victor Schabbel e Ricardo França, em relatório divulgado nesta terça-feira (23). “Essa pode não ser a melhor opção de longo prazo. O pior cenário para uma franquia forte como o Banco do Brasil é ter menos ativos valiosos em suas mãos e dificuldades para implantar com eficácia iniciativas de corte de custos”.

A BB DTVM tem mais de R$ 1,2 trilhão de ativos sob gestão, o que a coloca em primeiro lugar no ranking do país. Em 2020, o Banco do Brasil faturou mais de R$ 6,8 bilhões com o negócio de gestão de fundos, alta de 7,2% em relação ao ano anterior.

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