Vencedor do Nobel de Economia compara “inverno cripto” à crise do subprime
Nesta quarta-feira (26), o economista americano e vencedor do prêmio Nobel de Economia de 2008, Paul Krugman, fez uma comparação no Twitter com o “inverno cripto” e a crise do subprime, também chamada de crise imobiliária, que teve início em julho de 2007, nos Estados Unidos, após a queda do índice Dow Jones.
Em seus tuítes, Krugman comparou, inicialmente, a atual queda do mercado cripto com o primeiro inverno cripto, registrado entre 2017 e 2018.
De acordo com o economista, o inverno cripto de cinco anos atrás é semelhante ao atual em termos de porcentagem.
Mas, como Krugman ressaltou, o mercado cripto em 2022 é muito maior, o que eleva também as perdas.
No primeiro inverno cripto, a perda de valor do mercado chegou a US$ 500 bilhões. No atual, as perdas atingiram US$ 1,5 trilhão.
O economista americano destacou que, embora a perda seja relevante e equivalente a 7% ao Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, muitas delas aconteceram fora do país.
Doing some background homework on the crypto crash, and parallels to subprime 15 years ago. Yes, I know the HODLers see it as a buying opportunity, and they could be right — not doing price predictions, just trying to think this through 1/
— Paul Krugman (@paulkrugman) January 26, 2022
Ao comparar esse cenário com a crise do subprime, Krugman ressaltou que o colapso imobiliário pós-2006 representou, para os EUA, uma perda de aproximadamente 60% do PIB nacional.
Por fim, o vencedor do prêmio Nobel de Economia comparou setores essenciais de cada um dos setores analisados.
Para o mercado cripto, Krugman mencionou que a mineração de bitcoin (BTC) chegou, em 2021, a emitir 800 mil BTC.
Segundo o economista, a mineração cripto ainda é uma atividade econômica razoavelmente pequena.
Considerando o valor de cada Bitcoin a US$ 50 mil, a quantia de moedas mineradas no ano passado representa 0,2% do PIB estadunidense.
Por outro lado, Krugman afirmou que os investimentos em imóveis, em seu auge, representaram 7% do PIB dos Estados Unidos, entre 2006 e 2007.
Porém, após o início da crise, caíram mais de 4%, entre os anos de 2011 e 2012.