Vem aí a meta contínua de inflação; o que esperar do Ibovespa (IBOV)
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu o seu aval para a formalização da meta contínua de inflação.
Até então, o sistema usado era o chamado “ano-calendário“. Basicamente, ele considera o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de janeiro até dezembro. Já o novo sistema avalia continuamente se a meta está dentro do que foi definido pelo governo — atualmente em 3%.
Com isso, o Banco Central passará a buscar a meta — com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — a partir do ano que vem.
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O decreto deve ser publicado no Diário Oficial da União, após a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), marcado para 15h. O grupo, formado pelos ministro Fernando Haddad e Simone Tebet, além de Roberto Campos Neto, também deve decidir pela manutenção da meta de inflação em 3%.
Além disso, nesta quarta-feira (26), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA-15.
As projeções do Investing.com apontam para uma ligeira alta, de 0,44% para 0,45%, na medição mensal. Já as projeções anuais sugerem uma alta de 3,70% para 4,12%. Já no Broadcast, as prévias variam de 0,30% a 0,51%; no acumulado de 12 meses, a variação é de 3,70% a 4,10%.
Além disso, o mercado acompanha as falas do presidente Lula. O chefe de Estado tem uma entrevista programada no site UOL, no período da manhã. Segundo o portal, serão abordados temas políticos, econômicos e temas internacionais.
No último pregão, Ibovespa (IBOV) rompeu o ciclo de cinco altas consecutivas e voltou ao tom negativo. O principal índice da bolsa brasileira encerrou as negociações com baixa de 0,25%, aos 122.331,29 pontos. Apesar da baixa, o índice ainda avança no acumulado de junho.
O que esperar de Wall Street
Sem grandes eventos ou indicadores na agenda internacional, o mercado deve seguir repercutindo as últimas falas dos Fed Boys, que participaram de eventos na terça-feira (26).
Michelle Bowman, por exemplo, disse que manter a taxa de juros elevada “por algum tempo” provavelmente será suficiente para deixar a inflação sob controle.
“A inflação continua elevada, e ainda vejo vários riscos de aumento da inflação que afetam minha perspectiva”, afirmou em comentários preparados para apresentação em Londres. Isso fez o dólar (USDBRL) voltar a ganhar força, após dois dias de sucessivas quedas ante o real.
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Os investidores também se preparam para o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que será divulgado amanhã, e para o Índice de Preço de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), que sai na sexta-feira (28).
Trata-se do índice inflacionário preferido do Federal Reserve e os números podem reforçar uma postura mais contracionista do banco central americano ou dar força para a defesa de que está na hora de começar a cortar os juros.
Além disso, na quinta-feira (27), está previsto o primeiro debate entre Joe Biden e Donald Trump para as eleições dos EUA de 2024.
As bolsas internacionais estão em alta, enquanto futuros de Wall Street operam mistos.
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quarta-feira (26)
Bolsas asiáticas
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- Tóquio/Nikkei: +1,26%
- Hong Kong/Hang Seng: +0,09%
- China/Xangai: +0,76%
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Bolsas europeias (mercado aberto)
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- Londres/FTSE100: +0,29%
- Frankfurt/DAX: +0,36%
- Paris/CAC 40: -0,25%
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Wall Street (mercado futuro)
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- Nasdaq: +0,18%
- S&P 500: +0,02%
- Dow Jones: -0,12%
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Commodities
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- Petróleo/Brent: +0,85%, a US$ 84,92 o barril
- Petróleo/WTI: +0,88%, a US$ 81,55 o barril
- Minério de ferro (Dalian): +3,38%, a US$ 113,67 por tonelada
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Criptomoedas
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- Bitcoin (BTC): -0,15%, a US$ 61.241
- Ethereum (ETH): -0,13%, a US$ 3.373
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Boa quarta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!