Veja vídeo em que Bolsonaro se diz chateado com Tarcísio; ‘quem era? Não queria ser candidato’
Ver essa foto no Instagram
Em um vídeo de quase 22 minutos publicado pelo deputado Bibo Nunes (PL-RS) em sua conta no Instagram com o discurso do ex-presidente, Jair Bolsonaro admitiu ter ficado “chateado” com a posição do governador de São Paulo em apoio à reforma tributária.
“Ontem (quarta), sim, muita gente ficou chateada com Tarcísio, até eu, mas vamos conversar, conversei com ele”, disse Bolsonaro, que é presidente de honra do PL. Nesse momento da reunião, segundo uma fonte, Tarcísio já não estava mais na sede do partido e tinha ido para uma reunião com o presidente da Câmara.
O ex-presidente sugeriu aos presentes que poderia buscar atrasar a votação para tentar incluir no corpo da proposta às mudanças propostas pelo PL, e não buscar fazê-las por meio de destaques.
Em outro momento, Bolsonaro citou uma série de políticos que venceram eleições passadas no embalo da sua força política, como os ex-ministros e agora senadores Rogério Marinho (PL-RN) e Jorge Seif (PL-SC). Mencionou também o caso do ex-ministro e atual governador paulista.
- Quer lucrar com dividendos? Clique aqui para assistir ao Giro do Mercado de hoje (06) e descubra o Top 5 de ações selecionadas pela Empiricus Research para julho. Aproveite para se inscrever no nosso canal aqui e fique ligado nas próximas lives, de segunda a sexta-feira, às 12h.
“Quem era o Tarcísio? O Tarcísio não queria ser candidato”, disse ele, citando que foi ele quem o convenceu.
Em sua fala, Bolsonaro também procurou atrelar a votação da reforma à outra pauta de interesse do governo Lula, o projeto que muda as regras de funcionamento do Carf para recriar o voto de qualidade a favor da Receita Federal em caso de empates nas decisões do colegiado.
Uma mudança legislativa feita na gestão passada acabou com o chamado voto de qualidade, o que indiretamente beneficiou as empresas nas disputas contra a União.
Bolsonaro, que nos últimos dias fez uma série de postagens em redes sociais contra a reforma, disse aos partidários que não se pode achar que a legenda está recuando em relação ao texto apresentado.
“Se não tivermos uma proposta que faça justiça e diminua a carga tributária, nossa tendência é votar contra”, afirmou. Segundo o ex-presidente, se a proposta interessar ao Brasil, a legenda será favorável. “Se o partido votar unido, não passa”, sentenciou.