Veja quem vai “pagar o pato” interna e externamente pela campanha Brazilian Duck
No Brasil, quem vai pagar o pato pelo possível aumento das exportações brasileiras dessa carne deverá ser, principalmente, a Villa Germânia Alimentos. No mundo, a lista começa pelo pelos líderes atuais nas importações, os árabes, passa pela Ásia e, quem sabe, um dia, pode chegar nos lanternas da Europa.
No radar, Brazilian Duck, a nova marca gerida pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), com apoio da Apex-Brasil.
Enquanto agentes internacionais da entidade, como a Asia-Brasil Agro Alliance, e as representações comerciais das embaixadas trabalharão para fazer os importadores conhecerem o potencial dessa proteína brasileira, internamente a expectativa é que a produção cresça.
O frigorífico Villa Germânia, da Indaiá (SC), domina a produção (verticalizada) e exportações, como o estado domina a produção e as exportações, com 89,8% destas últimas. Rio Grande do Sul vem atrás, abaixo de 10%, sendo São Paulo e Paraná abaixo de 2%.
Em 2020, as exportações somaram 4 mil toneladas, em crescimento superior a 26% sobre 2019 – porém com queda para 3 mil/t em 2021, segundo previsões da entidade -, numa cesta em que 84% desse volume foram de bichos inteiros. As divisas renderam US$ 10,5 milhões.
Pelos dados coletados na ABPA, Arábia Saudita e Emirados Árabes compraram mais 1,39 mil/t e 1 mil/t, respectivamente.
Em terceiro lugar, o Peru, compondo uma lista de nomes exóticos de importadores – tanto quanto a carne dessa ave – como Maldivas, Libéria, Omã e África do Sul.
E como sempre acontece com as metas de exportações de alimentos, mercados exigentes e sofisticados estão na mira do pato: Japão (6º) e União Europeia (15º).
Os Estados Unidos não figuram nesta lista de 15 principais destinos, que estão pagando ao Brasil US$ 2,930 mil a tonelada atualmente.