Banco do Brasil

Veja o que o CEO do BB disse para encantar os analistas em reunião fechada

03 mar 2017, 12:08 - atualizado em 05 nov 2017, 14:07

Paulo Caffarelli

Desde que se tornou CEO em 31 de maio do ano passado, Paulo Caffarelli causou uma boa impressão no mercado. Rapidamente anunciou uma reestruturação operacional gigantesca e as ações do Banco do Brasil (BBAS3) voltaram a subir. Para se ter uma ideia, desde que tomou posse os papéis já acumulam uma valorização de 102% e isso sem contar o efeito positivo a partir de o seu nome ter sido cogitado. O Ibovespa subiu 34% no mesmo período.

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Na quinta-feira (2), o executivo renovou a sua credibilidade ao se encontrar com um grupo de analistas do sell-side, ou seja, de bancos e corretoras. A reunião parece ter sido um sucesso.

“Nós admitimos ter saído com uma excelente impressão de nosso recente encontro”, explicam os analistas Eduardo Rosman e Thiago Kapulskis do BTG Pactual, que já admiravam o trabalho conduzido por Caffarelli. Segundo eles, a mensagem passada pelo banco foi alta e clara: “Rentabilidade, e não participação do mercado, é o principal objetivo”.

Música para os ouvidos

A frase soou como música para os presentes. Isso porque o BB tem uma rentabilidade historicamente inferior aos concorrentes privados. É esse o ponto que pretende ser atacado daqui adiante. Não poderia ser melhor, argumenta o BTG. “Enquanto nós ainda temos uma recomendação neutra para a ação, o nosso viés tem sido positivo por um bom tempo. E, depois da reunião, não poderíamos fazer diferente a não nos tornamos mais construtivos sobre o caso de investimento”, dizem Rosman e Kapulskis.

O analista Jorg Friedemann do Citi ressalta que o BB enxerga o Bradesco como uma referência em termos de rentabilidade, mas do que o Itaú. Isso porque, assim como o Banco do Brasil, não possuem 100% da Cielo, enquanto o Itaú possui maior participação da rede de cartões.”Projetamos ROE (Returno On Equity) de longo prazo de 18% para o Itaú, 17% para o Bradesco e 16,5% para o Banco do Brasil”, destaca Friedemann.

O Itaú BBA elevou as estimativas para as ações após o encontro. Os analistas Thiago Batista e Guilherme Costa revisaram a projeção para os papéis de R$ 31,50 para R$ 36,50.

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