BusinessTimes

Veja o portfólio de ações “All-Stars” do Santander com 5 ações para o 2º semestre

13 jul 2020, 17:48 - atualizado em 13 jul 2020, 17:48
SANB3 Santander Bancos
O banco vê o Brasil sendo negociado em atrativos 1,5x P/VPA e merecendo negociar acima de múltiplos históricos (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

O Santander divulgou nesta segunda-feira (13) o seu portfólio de ações All-Stars com 5 ações para o 2º trimestre.

No relatório divulgado ao mercado, o banco vê o Brasil sendo negociado em atrativos 1,5x P/VPA e merecendo negociar acima de múltiplos históricos, graças às taxas mais baixas de curto e longo prazo.

“Acreditamos que as políticas adotadas durante a crise de alguma forma preservaram muitos empregos e empresas, e que o Brasil terá uma recuperação da produtividade e uma agenda fiscalmente responsável no período pós-crise. Como consequência das taxas baixas, a realocação de ativos domésticos para ações é uma realidade que deve continuar nos próximos trimestres”, informou o Santander.

Sendo assim, o portfólio formado pela banco conta com Bradesco (BBDC4), Totvs (TOTS3), CPFL Energia (CPFE3), Lojas Renner (LREN3) e Sul América (SULA11).

Sobre as empresas, o Santander comentou seus principais destaques:

Bradesco: Valuation atraente a 1,5x P/VPA, aproximadamente 17% abaixo do histórico.

De acordo com eles, o Bradesco está negociando com 15% de desconto para ITUB4 em termos de P/VPA, acima da média histórica de 8%.

“Temos uma visão positiva para os grandes bancos brasileiros devido às suas características defensivas gerais nessa crise específica de coronavírus (ações líquidas, fonte diversificada de receita, não sensível a câmbio, capital principal abundante e índices de liquidez, etc..)”, informou a análise.

CPFL Energia: Empresa defensiva, com opção de crescimento e valuation atrativo a aproximadamente 10% de TIR (Taxa Interna de Retorno).

“A CPFL é uma das empresas mais defensivas em nossa cobertura, devido a: seu portfólio diversificado: 53% de distribuição e 44% de geração (23% convencional e 21% renovável); altos níveis de contratos de longo prazo com proteção inflacionária; exposição limitada ao déficit hídrico; e impacto limitado dos preços de curto prazo”, informou o banco.

Sul América: Para eles, a ação é uma opção atraente no setor de assistência médica: uma vez concluída a venda de seu portfólio de seguros de automóveis para a Allianz (com aprovação regulatória pendente), o segmento de seguros de saúde da SulAmérica deve responder por 98% dos prêmios (acima dos 76% atualmente).

A empresa está entre os cinco principais players do segmento de seguro de saúde em termos de volume, de acordo com banco.

Lojas Renner: Histórico consistente e balanço sólido.

“A Renner é um dos nossos nomes preferidos no espaço de varejo, devido principalmente ao seu histórico de consistência, capacidade de lidar com crises relativamente bem e sólido balanço patrimonial (0,4x dívida líquida em relação ao EBITDA no 1T20)”, analisou o Santander.

Eles esperam que a Renner saia mais forte da crise do Covid-19, pois diversos varejistas menores devem sofrer com a queda nas vendas.

Totvs: Defensiva e com 10,6% de CAGR do EBITDA (2019-2023 E), com 80% de receita recorrente.

Para o banco, a empresa conta com o portfólio diversificado entre os setores, contratos de longo prazo com 80% de receita recorrente e “serviço essencial” para os negócios, além do baixo risco de balanço e exposição cambial (posição de caixa de R$ 1,1 bilhão e <10% dos custos atrelados ao dólar americano).