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Veja o carro usado que mais valorizou em agosto

19 set 2021, 14:25 - atualizado em 17 set 2021, 13:37
Segundo a Kelley Blue Book Brasil (KBB Brasil), modelos de carros com quatro a dez anos de uso tiveram uma valorização média de 13% nos primeiros seis meses de 2021 (Imagem: Pixabay)

Diante da queda de produção de carros novos, consumidores começaram a olhar com mais atenção para os veículos usados e seminovos. 

Segundo a Kelley Blue Book Brasil (KBB Brasil), modelos de carros com quatro a dez anos de uso tiveram uma valorização média de 13% nos primeiros seis meses de 2021.

Ainda de acordo com levantamento feito pela InstaCarro, startup que auxilia a venda de veículos usados ou seminovos e que conta com uma base de mais de 4 mil compradores, no mês de agosto, o Citroen C3 2017 foi o carro comercializado pela plataforma com maior valorização, de 13%, em relação a tabela FIPE.

“Ao longo de todo o ano estamos acompanhando a valorização dos seminovos. Em alguns meses, modelos foram comercializados até 24% acima da tabela. E isso, claro, se deve a toda a escassez dos novos no mercado. O Citroen C3 2017, por exemplo, teve um aumento de 22% no preço em relação ao negociado em julho, pela nossa plataforma”, explica o CEO e fundador da startup, Luca Cafici.

Em agosto, o Chevrolet Tracker 2021 se manteve valorizado em 10% acima da tabela. Enquanto o Mitsubish Pajero IO 2000 foi negociado por um valor 8% maior.

Veja a tabela

Escassez de carros

A produção de veículos leves no Brasil teve em agosto o pior desempenho para o mês desde 2003, como reflexo da escassez de chips, revelou nesta quarta-feira a entidade que representa as montadoras, Anfavea.

Embora tenha crescido 0,3% ante julho, a produção de 164 mil unidades no mês foi 21,9% do que um ano antes. No total dos oito primeiros meses do ano, o total de 1,476 milhão de leves produzidos ainda é 33% a mais do que um ano antes, período de maior impacto dos efeitos da pandemia Covid-19.

Segundo o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, hoje 11 fábricas de veículos leves no país estão com atividades parcial ou totalmente paradas devido à falta de semicondutores, cenário que tem atingido a produção automotiva no mundo todo.

“As fábricas estão tendo que fazer uma verdadeira ginástica para conseguir atender os clientes”, disse Moraes a jornalistas durante apresentação dos números do setor de agosto.

A entidade prevê que a escassez de chips deve se prolongar pelo menos até o final deste ano, fazendo o setor no país produzir de 240 mil a 280 mil veículos a menos em 2021.