Veja o banco campeão de dividendos no 1º trimestre (e o que esperar para 2022)
Os bancos pagaram o menor valor de dividendos em um primeiro trimestre desde 2014, revela estudo do TC/Economática.
Segundo a consultoria, o volume de dividendos distribuídos pelos quatro bancos no 1º trimestre de 2022 é de R$ 9,78 bilhões.
O estudo mostra ainda que o valor dos dividendos vem caindo consecutivamente desde 2019.
Veja o gráfico a seguir:
O Banco do Brasil (BBSA3) com R$ 3,53 bilhões distribuídos no 1º trimestre de 2022 é o maior da lista, seguido pelo Itaú Unibanco (ITUB4) com R$ 3,08 bilhões, Santander Brasil (SANB11) com R$ 2,73 bilhões é o terceiro e o Bradesco (BBDC4) ocupa a quarta posição com R$ 437 milhões.
Como será 2022?
Na visão da XP Investimentos, os bancos têm tendências mistas. Do lado positivo, as taxas de juros mais altas beneficiarão os spreads, embora deva continuar pressionado no curto prazo devido ao maior custo de captação, diz a corretora.
Segundo os analistas da instituição, a combinação de carteira de crédito mais rentável e redução gradual das provisões também alavancarão ainda mais os lucros.
Apesar disso, o possível fim dos JCPs irá contribuir para a redução da alíquota de impostos para os bancos, de acordo com a XP.
De acordo com a corretora, o banco com maior rendimento de dividendos para 2022 é o Banco do Brasil, com 12,1%. Em seguida vem Bradesco, com 11,3%, Santander, com 9,9%, e Itaú, com 9,1%.
Raio X dos bancos
O UBS BB manteve a visão positiva sobre os bancos brasileiros ao fim da temporada de balanços do 1T22, conforme divulgou em relatório na segunda-feira (16).
Olhando para os resultados operacionais das empresas, o UBS BB ressalta lucros em linha com as expectativas do mercado, com exceção positiva do Santander, que ficou 3% acima do esperado.
Para o ano de 2022, os lucros do primeiro trimestre atingiram uma média de 24% do consenso do mercado do UBS BB.
Também ganharam destaque nas avaliações positivas o Bradesco e o Itaú com indicações de compra e preços-alvo de R$ 25 e R$ 30, respectivamente.
Em suas carteiras de crédito, o Itaú, Bradesco e Santander apresentaram um crescimento médio trimestral de apenas 0,8%, com destaque para linhas de crédito mais arriscadas, como para as famílias, cujo crescimento atingiu 2,8% no trimestre.
Para o Itaú, o portfólio de crédito retraiu 0,4%, considerando que os números no exterior foram afetados pela variação cambial e contrabalanceados pelo crescimento de 2,6% no mercado doméstico.
O Santander foi destaque e aumentou sua proporção de crédito às famílias em 130 bps, para 60,9%. Itaú e Bradesco mantêm 55% e 53%, respectivamente.
Com isso, os bancos também registraram crescimento da receita líquida de juros em 5,1% no trimestre, versus um crescimento de 7% no 4T21. Mais um destaque positivo para o Santander, com 7,5%, e negativo para o Itaú, com apenas 0,7%. O Bradesco registrou 7%.
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