Veja duas ações agro que são bunkers para se proteger da crise
Em meio à volatilidade dos mercados financeiros nesta semana, desencadeada pelo risco de calote da Evergrande na China, analistas do Itaú BBA apontam duas ações ligadas ao agronegócio como um bom lugar para se esconder em tempos de crise, verdadeiros bunkers para o solavanco atual.
Conforme relatório obtido pelo Agro Times, os papéis da Klabin (KLBN11) e da Suzano (SUZB3) têm o perfil de proteção que os investidores buscam, ao passo que os especialistas Daniel Sasson, Ricardo Monegagli e Edgard Pinto mantiveram as recomendações outperform (desempenho acima do mercado ou compra) para ambas ações.
“Os potenciais de valorização para Klabin e Suzano estão atrativos, com respectivos upsides de 50% e 46%”, na visão do trio de analistas sobre as duas companhias que atuam no setor de papel & celulose.
Pesa à favor das duas companhias a nova visão da curva de câmbio do Itaú BBA, situada em R$ 5 o fechamento do dólar ao final de 2021, ante a previsão de R$ 4,75, à medida que tanto Klabin quanto Suzano têm receitas bastante dolarizadas em decorrência das exportações.
A expectativa dos analistas para os preços da celulose no mercado internacional está entre US$ 610 a US$ 620 por tonelada (contra a estimativa anterior de US$ 650), considerando também o preço médio de aproximadamente US$ 550 por tonelada da commodity entre 2022 até 2024.
O Itaú BBA tem preço-alvo de R$ 35 por ação da Klabin ao final de 2022, e de R$ 77 por papel da Suzano no mesmo intervalo de tempo.
Entrevista: como investir em agro em 2021?
O Money Times conversou com Jojo Waschmann, CIO da Vitreo, para entender qual é a melhor maneira de investir em um setor que não para de crescer no Brasil: o agronegócio.
Com grande destaque no país, muitos se perguntam como é possível ganhar dinheiro com commodities agrícolas, sem ter que colocar as próprias mãos na terra.
Sabendo disso, a gestora está lançando o Vitreo Agro, com administração do BTG Pactual, que é o primeiro fundo multimercado de agronegócio do Brasil. Nele, o valor mínimo de investimentos é de R$ 100.
De acordo com Waschmann, a taxa de administração do fundo é de apenas 0,9%, ou seja, a cada R$ 1 mil investidos, você paga apenas R$ 9.
E a taxa de performance é de 10% sobre o resultado positivo que exceder 100% do CDI, o seu benchmark.