Veja como o dólar deve reagir à entrevista de Lula no JN
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva volta hoje a se apresentar como candidato à eleição, desta vez na bancada do Jornal Nacional. Ele participará da sabatina com presidenciáveis, uma tradição da TV Globo em eleições.
Após a participação do presidente Jair Bolsonaro e do candidato do PDT, Ciro Gomes, o petista dá as caras na TV em busca de sua terceira eleição.
Líder nas pesquisas de intenção de votos, a expectativa pela participação de Lula no principal telejornal do país deveria ser grande. Mas parece que não é bem assim.
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E o dólar com isso?
O analista político da Levante, Felipe Berenguer, diz que o mercado não espera surpresas com a entrevista. Contudo, os ativos domésticos também não devem ter reação aos questionamentos à Lula hoje à noite.
Para Berenguer, o ex-presidente tem tido cautela ao tratar do tema mais caro aos investidores: a política fiscal para 2023. Ou seja, para “fazer preço” no mercado, o petista precisaria de uma fala mais incisiva sobre a sua provável política econômica.
“Qualquer fala relacionada ao assunto tem poder para mexer com o dólar e os outros ativos”, avalia. Porém, ele acredita que Lula deve manter no JN a narrativa de não detalhar seu plano de governo para a economia nem sua provável equipe econômica.
Portanto, com Lula evitando falar da agenda econômica, o mercado não identificará novidades.
Lula paz e amor
Em contrapartida, a equipe da Ajax Asset acredita que a economia deverá ser tema central da entrevista ao JN. Até mesmo para a estratégia de Lula.
Para o estrategista Rafael Passos, o ex-presidente deve insistir na agenda negativa do governo Bolsonaro, destacando questões relacionadas à fome, ao desemprego e à inflação.
A equipe da Ajax também acredita que Lula deverá seguir com um tom pacificador na entrevista.
Entrevistadores no foco
Contudo, o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, observa que, independentemente da estratégia de Lula, o papel dos entrevistadores será muito relevante.
As sabatinas estão sendo feitas pelos apresentadores titulares do Jornal Nacional, Renata Vasconcellos e William Bonner.
Sanchez avalia que um dos grandes trunfos de Bolsonaro na segunda-feira (22) foi a percepção de que estava sendo atacado de maneira “deselegante”, principalmente por Bonner.
“Mesmo colocando bem as palavras, em um debate propositivo, Lula pode ver Bolsonaro ficar ainda maior, caso o tom utilizado pelos jornalistas na entrevista seja marginalmente ameno”, comenta.
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Adversários de olho
Nesse sentido, Berenguer, da Levante, pondera que Lula deverá ser pressionado pelos entrevistadores. O tema da corrupção pode elevar a temperatura da sabatina.
Mas o analista acredita que o candidato do PT não deve se expor na sabatina. Para ele, os adversários devem usar uma ferramenta poderosa para tratar da exposição de Lula no JN: as redes sociais.
“Acho que é preciso estar atento à reação nas redes sociais, principalmente, as ligadas aos eleitores de Bolsonaro”, diz.
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