Veja como era o Museu Nacional antes do incêndio
Um episódio da série “Conhecendo Museus” produzida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ajuda a entender o tamanho da perda histórica para o País após um incêndio de enormes proporções neste domingo (2) consumir quase a totalidade do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na zona norte da capital fluminense.
O prédio histórico de dois séculos foi residência da família real brasileira e tem um dos acervos mais importantes do país – são cerca de 20 milhões de peças. No local, também estava Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado nas Américas, que remete a 12 mil anos, e representa uma jovem de 20 a 24 anos. No museu, havia ainda o esqueleto do Maxakalisaurus topai, maior dinossauro encontrado no Brasil.
O museu é a mais antiga instituição histórica do país, pois foi fundado por dom João VI em 1818. É vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com perfil acadêmico e científico. Tem nota elevada nos institutos de pesquisa por reunir peças raras, como esqueletos de animais pré-históricos e múmias.
Com a destruição da maior parte do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, pesquisadores, funcionários e colaboradores da área de museologia buscam resgatar tudo que está relacionado ao material que havia ali. Eles pedem que aqueles que tiverem imagens, sejam fotografias, vídeos e selfies, dos espaços e acervo atingidos pelas chamas enviem para o grupo. Em nota, o grupo apela para que o material seja encaminhado ao e-mail: thg.museu@gmail.com
O presidente Michel Temer lamentou na noite deste domingo (2) o incêndio que atinge o Museu Nacional do Rio de Janeiro. Em nota, ele lembrou que foram “perdidos 200 anos de trabalho, pesquisa e conhecimento”. Temer classificou o episódio como perda “incalculável”.
“Incalculável para o Brasil a perda do acervo do Museu Nacional. Hoje é um dia trágico para a museologia de nosso país. Foram perdidos duzentos anos de trabalho, pesquisa e conhecimento.”
Em seguida, a nota afirma que: “O valor para nossa história não se pode mensurar, pelos danos ao prédio que abrigou a família real durante o Império. É um dia triste para todos os brasileiros”.
(Com Agência Brasil)