Carteira Recomendada

Veja as ações selecionadas pela carteira Not Bad para a semana

14 set 2020, 10:20 - atualizado em 14 set 2020, 10:20
Mercados Ásia Ações
“Não acredito ficar alterando o portfólio drasticamente de uma semana para outra…estou falando do portfólio global…de toda sua poupança”, avaliou William (Imagem: Reuters/Stringer)

Carteira

Boring. Confesso que as vezes fico meio sem graça de expor o mesmo gráfico…a mesma foto…nada de absolutamente novo! É tipo ficar postando foto de uma árvore em bases semanais…muito provável que não ira ver grandes mudanças.

Sorry, mas essa é a forma com que eu vejo investimentos. Não acredito ficar alterando o portfólio drasticamente de uma semana para outra…estou falando do portfólio global…de toda sua poupança. Enfim é a forma com que eu vejo o mercado. Inclusive tenho pensado seriamente em transformar esse post em mensal!

O que penso sobre a alocação. Vou repetir algo que já postei aqui alguma vez.

  • Perfil: Tenho 36 anos e penso em quem sabe me aposentar em 30 anos…ou seja meu foco é longo prazo. Até lá essa grana que está aí é para ser investida e fazê-la crescer. Como estou acostumado com as oscilações de mercado e consigo dormir com elas, aloco todo meu capital em renda variável – ou pelo menos a maior parte do tempo ele está alocado em ações.
  • Reserva: Hoje tenho rendimentos mensais que garantem a sobrevivência da minha família, então isso me da uma certa tranquilidade de ter 1 mês apenas de reserva de emergência em caixa – além disso, vale a ressalva que o investimento em ações líquidas me proporciona uma liquidez de 3 dias na pior das hipóteses.
  • Diversificação: apesar de conhecer o mercado e ter uma boa experiência eu comento que sempre posso estar errado. Por isso gosto de ter uma parcela alocada numa gestão que não seja minha…isso explica porque tenho 14% alocado na Valor Gestora a qual fui sócio e ajudei a formar.
  • Internacional. Já disse aqui que minha meta é ter mais de 30% alocado fora….depois que atingir esse percentual a gente dobra a meta…rs. Todos meus aportes novos tem sido feitos no exterior. Acredito que TODO investidor deveria ter no mínimo 20% alocado e acessando mercados internacaionais. Fncionam como proteção, diversificação e acesso a uma miríade de investimentos que não estão disponíveis no Brasl.
  • Meta de retorno. Tenho para mim como meta, um retorno de 20% ao ano. Alguns podem achar pouco…essa é a meta do Warren Buffet em seus mais de 50 anos de mercado…então eu diria que não é pouco não. Ex: R$ 100 mil rendendo 20%aa em 30 anos se tornam ~R$ 23MM! Aos que acham que é muito, eu diria que é possível! Esse ano ta osso…e nem todo ano você vai conseguir…mas é bom ter uma meta ousada não?

No mais procuro… 

  • Jamais alavancar e operar no mercado mais do que eu tenho de fato.
  • Não acredito ou talvez não tenha competência para fazer estruturas mirabolantes que “protejam” minha carteira usando derivativos.
  • Especulo ou faço apostas de curto prazo muuuuuito esporadicamente e com uma parcela muuuuito pequena do capital….mais pelo esporte ou pela pequena adrenalina que proporciona.
  • Não tenho ficar “traidando” dólar com a minha parcela internacional.

 

AÇÕES 

Não tenho muito o que falar…tenho estado errado…performance da minha carteira esse ano esta uma B…

Minhas ações não andam…

Justificar a queda de uma ou outra ação na semana me parece bobagem ou perda de tempo. Diria que em suma tenho uma carteira com peso grande em bancos (33%), os quais performam muito mal esse ano. Fora isso tenho outra parte relevante no segmento imobiliário (35%) o qual, apesar dos receios com o cenário atual, sempre, na história, se mostrou resiliente as crises.

De fato esse há tempos que o “value investing” não vem performando bem – vide gráfico abaixo  que compara empresas consideradas de crescimento e de valor…mostrando a realidade do mercado americano:

Essa vinha sendo uma tônica nos EUA, mas parece que temos visto algo semelhante no Brasil com ações de varejo e/ou qualquer perspectiva/promessa/fé de crescimento negociando a múltiplos e valuations bem acima da realidade de outras empresas “mais tradicionais” digamos assim.

Difícil dizer se importamos essa tendência ou até onde vai isso…tem sido o questionamento dos últimos anos nos EUA. Quando será o pico das empresas de growth?!

Enfim, sigo sendo cabeça dura e com minhas posições.

#NOTBAD

E tá osso esse ano! Mais uma semaninha daquelas!